sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bric's

BRIC

Desde 2002, a economia mundial vive uma fase de crescimento generalizado, a média nos dois últimos anos foi em torno de 5,5%. Esse crescimento econômico mundial aconteceu devido a diversos fatores como: abertura do mercado mundial, elevação de consumo e aumento de crédito.
Porém, para os próximos anos, as perspectivas de crescimento econômico são menos favoráveis, ou seja, possivelmente menos prosperas em relação ao que tem acontecido na economia mundial nos últimos anos. Nesse contexto, as principais economias mundiais tendem a perder espaço e competitividade em alguns setores do mercado internacional, abrindo assim possibilidade de ascensão para outras nações.
Essas novas possibilidades de destaque na economia mundial para as próximas décadas são vistas em um grupo de países menos desenvolvidos que podem ascender como países economicamente fortes. Baseado nessa tese, o economista Jim o’ Neill, Chefe de pesquisa econômica global do banco de investimentos Goldm an Sachs, criou a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que representa um seleto grupo de países com potencial econômico industrial que podem se tornar os destaques da economia mundial nas próximas décadas.
De acordo com as projeções do banco Goldm an Sachs, esses quatro países terão um expressivo crescimento de PIB e renda per capita nas próximas décadas, superando inclusive algumas nações do G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália).
Conforme dados de um estudo divulgado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara de Deputados Federais, esses países que compõem o BRIC possuem economias de proporções continentais e estão procurando posicionar-se estrategicamente para tirar o máximo proveito do processo de inserção ao mercado internacional, fazendo deste uma ferramenta primordial para obter o êxito econômico.
Vale destacar que, atualmente, Índia e China, que gozam de um imenso mercado de consumo interno e um vasto parque industrial, já despontam com altas taxas de crescimento econômico nos últimos anos. A Rússia possui um avançado parque industrial, além de ser um grande fornecedor de matéria prima e exportador de petróleo. Já o Brasil que se destaca como grande exportador no setor de agronegócio, também possui uma desenvolvida e ampla industria nacional, além de ser a grande aposta na pesquisa e produção de Biocombustíveis.


Política interna

No fim de abril de 2008, a agência de classificação de risco de investimento financeiro Standart & Poor`s elevou o Brasil para o “grau de investimento” no mercado internacional. Essas avaliações, feitas por agencias especializadas em análise de risco econômico, são fundamentadas nas condições do mercado internacional, na situação econômica vivida pelo país e na opinião de outras agências e economistas. O “grau de investimento” é a classificação maior concedida pelas agências de classificação de risco de investimento. Com a nova classificação, o Brasil poderá ser o destino de grandes quantias de dinheiro dos maiores investidores internacionais.
A Standart & Poor`s comunicou que a elevação do grau do Brasil deve-se a principalmente as ações econômicas do governo, ao cumprimento dos índices de superávit primário, a estabilidade econômica vivida pelo país e a queda drástica da dívida externa, anunciada em fevereiro de 2008, no qual, de acordo com os dados do governo, as reservas cambiais, somadas as créditos privados no exterior, superaram os valores da dívida externa pública e privada. Entretanto a Standart & Poor`s fez ressalvas sobre a dívida pública interna do governo brasileiro, que ainda é considerada alta, e aos problemas de infra-estrutura que o país enfrente e impede que o Brasil alcance maiores índices de crescimento econômico.
“Brasil sobe uma posição e ocupa 6º lugar na economia mundial, diz Bird
O Brasil ganhou uma posição e agora ocupa o sexto lugar na economia mundial, segundo ranking do Banco Mundial, que divulgou nesta terça-feira os dados do PCI (Programa de Comparação Internacional), que analisa as economias de 146 países.
De acordo com o Banco Mundial, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul. Com o equivalente a cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nesta medição, o Brasil divide o sexto lugar ao lado do Reino Unido, França, Rússia e Itália.
Segundo explicação do Banco Mundial, o Brasil subiu de lugar por conta de uma nova metodologia de avaliação. A Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), que expressa por meio dos valores das moedas locais indica o que é possível comprar, tomou o lugar da chamada medida cambial, que tradicionalmente converte o PIB do país em dólares.
Na medida convencional (cambial), o Brasil seria a sétima economia, ao lado da Índia, Rússia e México, que como o Brasil, também respondem por 2% do PIB mundial cada.
"Os números passaram a refletir o valor real de cada economia, com as diferenças corrigidas em níveis de preços, sem a influência de movimentos transitórios de taxas cambiais", explica o Banco Mundial.
Apesar de o Banco Mundial colocar o Brasil em sexto, empatado com Reino Unido, França, Rússia e Itália, ao se verificar os números absolutos de participação no PIB mundial, sem arredondamento para 3%, o Brasil continuaria apenas em décimo.
De acordo com o relatório, enquanto o Brasil respondeu por 2,88% das riquezas produzidas no mundo em 2005 (ou US$ 1,585 trilhão), o Reino Unido respondeu por 3,46% (US$ 1,901 trilhão); a França, 3,39% (US$ 1,862 trilhão); a Rússia, 3,09% (US$ 1,697 trilhão); e a Itália, 2,96% (US$ 1,626 trilhão).
EUA na ponta
Como já era esperado, a maior economia do mundo ainda é a dos Estados Unidos - ela, porém, está menor que no passado. Em seguida aparece a China, que pelas novas pesquisas subiu de quarto para segundo lugar.
De acordo com os dados, pelo sistema cambial os EUA têm 28% do PIB mundial, mas pela regra da paridade, apontada como mais realista pelo Bird, o país tem 23%. Na China, levando-se em conta o método do poder de compra, a participação é de 10%; pelo cambial, fica em 5%.
Ao todo, a economia mundial produziu US$ 55 trilhões em mercadorias e serviços em 2005. Deste total, cerca de 40% vieram de países em desenvolvimento --China, Índia, Rússia, Brasil (Brics) e México responderam juntos por quase 20%.

Confira o ranking do Banco Mundial segundo a capacidade de compra
1. Estados Unidos
2. China
3. Japão
4. Alemanha
5. Índia
6. Brasil, Reino Unido, França, Rússia e Itália

Nenhum comentário:

Postar um comentário