sexta-feira, 25 de junho de 2010

dicas

Dicas gerais

Dificilmente existirá, em concursos militares, um bom aluno em Geografia que não se dedique bastante à História, pois os conteúdos devem ser trabalhados de maneira conjunta, sendo imprescindível a noção do período de ocorrência dos diferentes acontecimentos.
Uma perceptível tendência em provas do Exército Brasileiro é o aumento do número de questões de Geografia Física, relacionadas, sem dúvida, à ampliação da preocupação do ser humano com o meio ambiente em detrimento aos outros temas, além disso, dificilmente questões relacionadas diretamente à forma de governo no período militar farão parte dos exames.
Para os interessados em integrar o quadro de sargentos do Exército Brasileiro, é necessário ter conhecimento de que a prova é composta por seis questões objetivas, contendo cinco opções cada, caracterizada pelo nível mediano de dificuldade, e por ter conteúdo restrito à Geografia do Brasil. As questões não exigem um aprimorado nível de raciocínio lógico, porém necessitam de bom nível de estudo, atenção a temas, como problemas ambientais contemporâneos( Aquecimento Global, desertificação, chuvas ácidas, impermeabilização do solo urbano) e ainda relacionados à parte física, os domínios morfoclimáticos brasileiros, com foco nos diferentes climas e vegetações do Brasil. Uma boa dica nessa área refere-se às enchentes que vêm recentemente assolando a região Nordeste. Outros temas, como a dinâmica populacional brasileira (Transição demográfica e IDH), formação e evolução territorial brasileira são imprescindíveis aos estudantes e, em ano de eleições, vale lembrar-se do sistema eleitoral brasileiro.
Aos que almejam ingressar o quadro de tenentes, através da ESaEx, é necessário saber que a prova é composta por 10 questões objetivas, contendo 5 opções cada, apresenta nível elevado de conhecimento, sendo caracterizada por ser um exame extremamente conteudista. Mais uma vez, ênfase na Geografia Física, mais precisamente no arcabouço geológico brasileiro, classificação do relevo segundo Jurandyr Ross, fatores climáticos e dinâmica climática brasileira, além dos domínios morfoclimáticos com aprofundamento no D omínio Amazônico. A dica desse ano: “As jazidas petrolíferas do Pré-sal, formação e a polêmica exploração (questão dos Royalties), a banca elaboradora tem uma notória inclinação as idéias do geógrafo Milton Santos (sua bibliografia é fundamental aos que não fazem cursos preparatórios), temas como a desmetropolização, involução metropolitana, divisões regionais brasileiras, localização industrial são bastante cobrados. Deve-se ressaltar que o conteúdo dessa avaliação não é totalmente restrito à Geografia do Brasil, por exemplo, a relação brasileira com os países do Mercosul também é muito importante .

domingo, 13 de junho de 2010

comentários exame de qualificação UERJ 2011 - (folha dirigida)

Comentários – Prova Ciências Humanas

A prova não fugiu o padrão convencional de sua banca. Temas como a evolução dos processos produtivos, relação entre macroeconomia e ação do Estado, fenômeno da globalização, evolução demográfica, problemas agrários brasileiros, e a já corriqueira “problemática urbanização” foram temas relevantes .Gostaria de parabenizar os elaboradores pela utilização de temas muito importantes à contextualização dos vestibulandos a questões contemporâneas (e, ou atualidades) sem deixar de lado conceitos básicos da ciência geográfica.
O grau de dificuldade pode ser considerado mediano a fácil, totalmente enquadrado em uma proposta transdiciplinar de ciências humanas (Geografia, história, sociologia, economia e artes) condizente ao atual grau de estudo (1º semestre da maioria dos vestibulandos), não existem questões plausíveis de recurso em minha opinião. Porém as reclamações em relação à similaridade entre alternativas foram marcantes na saída do exame.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sai do papel a criação de Angra 3 .

A construção da Usina de Angra 3, projeto engavetado há 35 anos, vai começar a sair do papel ainda no governo Lula. Ontem, a Eletronuclear obteve da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a licença de construção, que permite o início das obras do prédio do reator. A previsão para a operação da usina, porém, é entre 2015 e início de 2016. "Esse é o marco zero do projeto", afirmou o presidente da CNEN, Odair Dias Gonçalves.

O projeto de Angra 3 foi elaborado durante a assinatura do acordo nuclear Brasil-Alemanha. Na época, o governo brasileiro comprou equipamentos para construir as usinas de Angra 2 e Angra 3. Os materiais, que chegaram ao Brasil ainda na década de 70, continuam armazenados. Em 1984, a Eletronuclear chegou a retomar o projeto de Angra 3, mas as obras de preparação do terreno foram interrompidas dois anos depois.

Para Gonçalves, o fato de as duas usinas terem projetos semelhantes acelerou o trabalho de licenciamento. Além disso, permitiu redução significativa nos custos, que ficaram em torno de 20% do valor do licenciamento de nova usina nuclear, que gira em torno de US$ 100 milhões.

A licença foi liberada pela CNEN com 30 condicionantes. A maior parte são adaptações que permitam ao projeto de Angra 3 segurança semelhante ou maior do que a de Angra 2. Um exemplo é a exigência de maior detalhamento sobre sísmica, em razão do recente abalo no Chile, sentido no litoral de São Paulo. O superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias, espera iniciar até o fim desta semana a concretagem do prédio onde será instalado o reator.

Segundo Messias, à medida que as exigências forem cumpridas pela Eletronuclear, a CNEN concede outras autorizações para a execução das obras da usina, que terá 1,4 mil MW de potência. "A partir de agora, não existe nenhum impedimento legal às obras do projeto", comemorou.

A Eletronuclear previa o início da construção de Angra 3 em 2009, mas a dificuldade de obter as licenças alterou o cronograma. Além da demora da autorização da CNEN, a estatal enfrentou problemas para conseguir a licença do uso do solo pela prefeitura de Angra dos Reis, onde está localizado o complexo nuclear.
Outro ponto que provocou atraso foi a discussão com o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o valor do contrato original, firmado com a Andrade Gutierrez em 1983. O acordo com o TCU, que reduziu em R$ 120 milhões o valor do contrato, para R$ 1,3 bilhão, foi concluído em novembro de 2009.

Licenças. A licença de construção não é a última que a Eletronuclear precisava para tocar o projeto. A usina ainda precisa da licença de uso de material radioativo, da licença prévia e da licença permanente. "Essas licenças serão obtidas entre o fim de 2014 e 2015", disse Messias. A previsão de investimentos em Angra 3 gira em torno de R$ 9 bilhões. Para este ano, a expectativa é gastar R$ 800 milhões no projeto.

Para o presidente do CNEN, a licença de Angra 3 é um marco na história do programa nuclear brasileiro. Para Gonçalves, independentemente do resultado das eleições, o programa é "irreversível".