terça-feira, 31 de maio de 2011

Por alguém muito especial ESTUDANTE X VESTIBULAR

Bom, eu não sei se sou a melhor pessoa para escrever isso, mas o faço por um grande amigo, que também fez tudo o que pôde para que as coisas dessem certo. E também porque eu não quero que o que eu consegui sejam apenas números em uma lista. Qual a diferença? Não melhora em nada o mundo e meu lado idealista gosta desse tipo de coisa. Gosto de tentar mudar. E, bem, quem sabe isso ajuda a colocar vários outros nomes em várias listas também? Custa nada tentar.


Meu nome é Thaís, tenho dezessete anos e faço Direito na UFRJ. Eu passei em todas as outras universidades do Rio de Janeiro também, mas isso não me faz uma pessoa melhor ou alguém apto a ditar diretrizes para qualquer outra pessoa. Então, vou me limitar a contar um pouco do que eu fiz (provavelmente darei uns pitacos no meio, porque acaba fugindo do meu controle)(ou acabarei dando pitacos e falando sobre mim como observação, nunca se sabe) e você tente tirar alguma coisa boa - se houver - daí.

Tudo precisa de um início

Para começar, é preciso ter base. Eu me esforcei muito no Ensino Fundamental, mesmo quando ninguém parecia querer fazê-lo e percebi, no Ensino Médio, que isso me ajudou bastante. Porque simplesmente chega naquele momento do exercício de matemática em que você não se lembra como se resolve o produto notável, ou a equação de quarto grau. E, acredite, no Ensino Médio, esse é o momento em que a questão é considerada fácil. Entretanto, isso não quer dizer que, se você não souber, o mundo está perdido. Claro que não. Muita gente já brigou comigo por isso, mas eu sempre acreditei que todo momento é momento de conhecimento, seja na hora de ler alguma história fantasiosa, seja naquele minuto em que você está esperando o portão ser aberto para fazer seu vestibular (claro, há espécies de pré-requisitos, explicá-los-ei depois, porque estou me antecipando). Então, partindo desse princípio, a única coisa a ser feita é buscar aquele conhecimento que você esqueceu. Pesquisando ou perguntando, descubra e aprenda. O que você tiver aprendido antes NÃO É dispensável, mesmo que pareça completamente inútil. Sinceramente? Quando estiver em seu curso, bastante coisa vai ser descartada, mas por enquanto... Tudo é importante. E mesmo aquilo que não tem aplicação, ajuda a compreender o que vai ter. Torna as coisas mais fáceis e todo o ano menos desesperador.

Resumindo, se lhe falta base, busque-a! Ok, eu prometi que não ia dar ordens, mas é que a grande maioria das pessoas deixa isso de lado. É importante, gente. Ninguém pisa no primeiro degrau e alcança o último degrau de uma escada de uma vez. Pode ser mais demorado, mas é mais tranquilo subir degrau por degrau. E é assim que devemos fazer com todas as matérias. Só para esclarecer, quando eu digo "ter base", isso inclui ler também. Ler qualquer coisa. Quando eu digo "qualquer coisa", é qualquer coisa MESMO. Sem exagero. Pode ler Capricho, Crepúsculo ou os quadrinhos do X-Men. Apenas leia. Eu aconselharia algum clássico, porque conhecer o autor evita surpresas, por exemplo, nas provas da UFRJ de Português (mais interpretativas), sem falar que, querendo ou não, procurando no dicionário ou não (coisa que eu aconselho, mas odeio e não faço sempre que posso desde o primeiro ano, admito), você sempre vai aprender uma palavra nova. Eu conheço gente que errou uma questão porque não entendeu o enunciado por não conhecer o significado de uma palavra. E isso soa terrível, não?

Eu tenho um ano inteiro para...

Estudar, estudar, estudar! Não estou brincando. Se você está no terceiro ano, você precisa estudar. Ponto. Não é para deixar de viver, abandonar os amigos, só ir da escola para casa (e nesse momento eu tusso e finjo que estou dando um exemplo abstrato), mas a sua prioridade do ano é estudar. Não adianta se reunir com os amigos sob essa desculpa se, no fundo, você souber que irão, sei lá, jogar UNO, ao invés de abrir um livro. Isso seria só você tentando se enganar. O momento em que se dará conta disso será o momento em que abrir o caderno de questões para ler. Todo mundo tem o direito de se divertir, principalmente nessa época, onde a pressão vem de todos os lados. Tente separar um momento da semana para sair e curtir a vida (eu diria um dia da semana diferente a cada semana, mas isso é mais uma opinião pessoal). Mas, se você passou um dia inteiro com preguiça e não estudou, o dia separado para farra já pode fazer a diferença no balanço final. Eu não digo isso para tirar sua vida social (estou começando a perceber agora, aliás, o quão importante ela pode ser), digo para que na semana anterior à prova, você simplesmente não tenha motivos para surtar. Não ter motivos é um bom caminho para se acalmar. E, acredite, tranquilidade e conhecimento tem o mesmo peso em uma prova de vestibular.

Enfim, estude! Você adora Português e odeia Matemática? Então ok, estude Matemática. Você não gosta de nenhuma matéria (caso mais típico - ou não), mas acha Geografia mais fácil que Literatura? Vá estudar Literatura. Obviamente que não deve abandonar as matérias que 'sabe' (mesmo porque, não adianta, conhecimento se replica em uma velocidade alarmante, sempre há algo novo para se saber), mas precisa focar nas que não gosta ou desconhece. Porque essas são sempre as mais difíceis de assimilar, são sempre as que você vai tentar esquecer assim que o professor vira as costas e vai embora. E são elas que vão ser seu diferencial na hora da prova (da primeira fase ou do ENEM, por exemplo). É importante ser constante, manter um padrão aceitável, saber, pelo menos, o essencial de tudo. E mais das específicas, claro (mas essa já é outra fase). Sem falar que, com vestibular ou sem vestibular, é preciso concluir o Ensino Médio, né?

Eu preciso só de Português, Literatura e...

Iria começar com um categórico "não, nada disso", mas pensei melhor. São vários vestibulares. Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, temos UERJ, UFRJ, ENEM e UFF para fazer, certo? Se você quiser escolher um vestibular só e se dedicar a ele, ótimo. Você estuda aquilo que precisa e só. Eu, particularmente, acho arriscado. Colocar todas as suas fichas em uma coisa só é bastante complicado, principalmente quando a gama de alternativas torna isso meio desnecessário. Se o fizer, contudo, precisa se dedicar muito, é o que eu acho. Porque, afinal, está trocando quatro (ou mais, se considerarmos as alternativas que o ENEM proporciona) chances por uma... Enfim. Para aqueles que, como eu, vão tentar para todas (ou quase todas), considero completamente errado focar nas suas específicas. Querendo ou não, é preciso ultrapassar a primeira fase, como o nome já diz, primeiro! E o ENEM cobra todas as matérias (e até algum conhecimento... de vida, por assim dizer), de um jeito ou de outro.

Estude tudo. Não precisa estudar desesperadamente, claro. Nem é saudável (acho que posso confirmar isso bem). Pergunte tudo o que não souber. TUDO, e a caixa alta é para dar a ênfase necessária. Mesmo que a pergunta pareça idiota, o que importa é que, depois daquele momento, você irá saber. E 'saber' é seu objetivo. Descarte tudo aquilo que seu professor disser que não serve para quem não faz prova específica. Acredite, eles sabem o que dizem. Mas estude o que for importante, mesmo que vá esquecer assim que passar a sua última prova de conhecimentos gerais. Nunca abra mão de pegar no conteúdo de uma matéria e revê-la, porque simplesmente a acha ridícula ou desnecessária. Você nunca sabe o que pode cair em uma prova, é sério. Se quiser descartar, pergunte a uma pessoa especializada. Nunca foque em uma matéria só, pelo contrário, foque nos diferentes conteúdos que lhe forem apontados como essenciais em todas as matérias. Lembre-se, um pouquinho de tudo constrói uma base sólida de conhecimento, que não irá se desfazer diante de uma prova, por mais complicadamente elaborada que seja.

E eu me esqueci de mencionar que, querendo ou não, as matérias se relacionam. Quem nunca achou que tinha se livrado das contas de matemática em uma aula de humanas e se deparou com o professor de Geografia querendo calcular população e escala? Dizem que a teoria de Darwin sobre a seleção natural foi baseada em suas observações da sociedade. Não sei se é verdade, mas isso também perdeu a importância quando criaram a teoria do "Darwinismo Social", que explicava a 'competição' na sociedade humana pela teoria da 'sobrevivência do mais adaptado'. Isso é Biologia, História e Geografia, ao mesmo tempo. Uma coisa puxa a outra, sempre. E vocês não sabem como isso ajuda a lembrar...

Passar o dia todo na escola?!

É importante, acredite. Sinceramente? Toda vez que me perguntavam quantas horas eu estudava (sempre achei isso meio irrelevante, mas todo mundo adorava repetir essa pergunta, sei lá por quê.), nunca contei o momento passado na escola. Para mim, isso não era estudo, era mais "obrigação" da minha parte. Como se o pressuposto para estudar fosse ir à escola e assistir às aulas. Posso dizer, hoje, que estava meio certa e meio errada. Estar na escola é, sim, estudar. Aliás, é extremamente importante em todo processo de estudo. Estava certa no que se refere a ser obrigação e estudar fora da aula também. Nem sei que palavras usar para dizer o quanto a aula é importante. Vou ficar me repetindo nessa palavra, porque mudar para "essencial", "prioritária" e afins não vai fazer grande diferença na transmissão da ideia.

Enfim, é na aula que você recebe o conhecimento. É olhando para a cara do professor por mais de uma hora e tentando entender o que diabos ele está falando que você aprende alguma coisa. Se alguém fizer uma piada sobre um assunto, melhor ainda, porque é quase certo de que você irá lembrar daquilo depois justamente por causa da brincadeira (aliás, conversar em sala de aula é extremamente normal e aceitável, viu? ninguém gosta de robôs e transformar a escola em uma penitência vai fazer você odiar estudar mesmo antes de encostar em um livro. converse, brinque, ria, só deixe o professor falar quando ele quiser.). É sentada naquela cadeira desconfortável por uma manhã inteira, esperando o tempo passar desesperadamente, que você vai ouvir o que realmente vai cair na prova. Aparentemente, os professores todos tiveram uma cartilha sobre "como soltar as coisas importantes". E aquilo que vai cair na prova (seja avaliação comum ou vestibular) é justamente aquele comentário informal, a típica curiosidade, que o professor solta entre um conceito e outro (muita experiência própria nisso, verdade).

Anote a matéria também. Ok, entendo como a preguiça pode ser avassaladora (digdin, digdin, digdin... desculpa, Álvaro, não resisti.), mas você precisa anotar alguma coisa. Se não quiser copiar tudo, porque tem em algum livro ou apostila, não tem importância (desde que pegue o suposto livro ou apostila para estudar, claro, porque né?), mas anote ALGUMA COISA. Quem pegar meu caderno, além de não entender porque sou completamente desorganizada (aqui estou eu quebrando um tabu: mentira essa coisa de precisar ser organizado para passar no vestibular! você só precisa cumprir suas metas de estudo, da forma como quiser), vai ver um monte de desenhos aleatórios e malfeitos pelas páginas. Acho que não tenho nenhuma coisa a dizer de útil sobre isso, mas, bem, é legal se distrair de vez em quando. Como acabei de fazer. Voltando... Anote aquela informação aleatória que não tem no livro, ou aquele conceito que você não entendeu muito bem. Se acha que vai esquecer algo, anote isso também. E depois volte aos desenhos, porque a vida de muita gente já mudou com eles.

E como eu faço tudo isso?

Tcharam! Chegamos à parte mais esperada, aquilo que todo mundo quer saber. Mais vezes do que me perguntaram sobre as minhas horas de estudo, quiseram saber "como eu estudava". Eu nunca dei uma resposta concreta. Porque, adivinhem, não há uma resposta concreta. Não há uma fórmula mágica. Eu sou diferente de você, que é diferente de outra pessoa, que é completamente distinta de outrem. Diga-me, quem você conhece que escreve "explicá-los-ei" em um texto supostamente informal? A norma gramatical diz que estou certa, as regras de comunicação dizem que foi um uso inadequado. E quem disse que eu consigo evitar? Isso é só para demonstrar como as diferenças são grandes.

Ou seja, eu não sei dizer como você deve estudar. Poderia lhe falar como eu estudei, mas não é aconselhável. Eu passei meu terceiro ano inteiro sem ver um filme. Mentira, o último filme que eu vi ano passado, até antes dos vestibulares terminarem, claro, foi Avatar. É, em janeiro de 2010. Estudei todos os dias, tudo o que eu podia. Não saí. Não dormi direito por muito tempo. Deixei de ler todos os livros que eu gostava, porque tinha alguma coisa de História ou Física para rever. Aproveitei e me diverti dentro da escola, claro. Mas também... Porque era só o que eu tinha. Perdi a festa mais falada do ano, e ela aconteceu NA MINHA RUA. Já deu para entender que eu não quero isso para a vida de ninguém, não é? Não que eu me arrependa, funcionou bem para mim e eu sou feliz agora. Do jeito que eu sou, provavelmente faria tudo de novo, mas isso não quer dizer que não houvesse outra maneira. Uma maneira melhor.

Talvez não uma maneira melhor para mim, mas para você. E isso é tarefa de cada um descobrir. Você precisa ver que matérias tem mais dificuldade, o que precisa rever, quantas vezes na semana e quantas horas precisa estudar. Você, também, ao estabelecer esses critérios, precisa saber se está seguindo, ou se está só tentando se enganar por tanto tempo quanto possível. As pessoas normalmente dizem para chegar em casa e rever a matéria do dia. O que eu digo, baseada em minha experiência, não em qualquer suposta (e não verdadeira) habilidade que eu tenha a mais? Besteira! Eu estudava uma matéria diferente a cada dia, na tentativa de não me irritar com a rotina, e funcionou. As pessoas dizem para fazer questões dos vestibulares. Eu digo que odeio. E odiei. E passei o primeiro e o segundo ano evitando exercícios com todas as minhas forças. Mas, no terceiro, tive de fazer. E, admito, isso ajudou bastante! E teria ajudado mais se eu houvesse começado antes. Exercícios são bons doutrinadores, por assim dizer. Simulados (principalmente do ENEM) são melhores ainda, talvez nem pelas questões em si, mas aprender a lidar com o tempo é essencial.

Provas anteriores dos vestibulares são ótimas no que se refere a entender qual a linha da banca. Quando seu professor de Geografia virar e disser que a banca de tal unversidade é marxista, acredite nele! Isso vai ajudar não só nas provas de História e Geografia, mas também na de Redação (obrigada mil vezes, Álvaro). Se estiver no segundo ano (primeiro também vale, ainda que quase ninguém, por mais que insistam, pensa em vestibular logo no primeiro ano, desculpem, amados professores), inscreva-se nas provas! É, eu sei, elas são caras, mas ter essa avaliação descompromissada é bom para saber o quanto ainda precisa aprender e aprofundar nas disciplinas como para ver como as coisas realmente funcionam sem a pressão do "agora ou nunca". Bom, acho que é isso. Seguir a sua própria rotina de estudos é o melhor caminho, desde que você a siga. Seus critérios precisam valer para você e não serem alterados a seu bel prazer porque simplesmente os inventou. Não funciona assim, e não é preciso ser especialista para saber.



Agora... talvez eu possa dar algumas dicas sobre as matérias, não sei, vou tentar.



Português: Dê uma olhada na gramática, para ver as regras, mas a leitura mesmo é o real aprendizado. De tanto ver uma coisa escrita de um jeito, você acabará por escrever daquele jeito.

Redação: Leia. É, também. Eu disse antes o quanto ler era importante. Saber escrever vem da leitura. Eu escrevia terrivelmente antes de pegar o gosto pelos livros. Hoje, podendo dizer que melhorei substancialmente, não costumo seguir nenhuma das regras impostas. Tirando aquelas de formatação do texto, é claro, eu só... Escrevo. Aparentemente, agora as coisas fluem da maneira que devem. Isso veio com a leitura, tenho certeza.

Geografia: Essa é a matéria do dia-a-dia. Sério. Tente associar o que é dito com o que você vê na TV ou acha que acontece no mundo. Está tudo conectado. Relacionar ajuda bastante a entender os processos e apreender os conceitos.

História: Transforme a História em uma história de verdade. Aposto que você lembra do desenrolar de um filme ou de um livro que gostou. Faça a História ser isso também, uma série de acontecimentos sequenciais que, por suas relações, formam um todo interessante e compreensível. Relacione Hitler com Voldemort e seja feliz.

(Sociologia e Filosofia funcionam bem como História e Geografia, acho eu.)

Matemática: Se você gosta, tenho certeza de que sabe o que fazer. Se não gosta, pare de olhar como se fosse o fim do mundo. A coisa não vai avançar assim. A melhor maneira é fazer exercícios. Todos. Até você apreender todos os diferentes mecanismos que envolvem um único assunto. Lembrando que a matemática tem sempre várias maneiras de se fazer uma coisa. Faça a que você souber, sempre, com total e absoluta certeza. Não invente, não tente poupar tempo.

Física: Odeio Física. E esse não é um comentário relevante, eu sei. Se você conseguir fazer a matemática funcionar, metade da Física já vai estar resolvida. A outra metade envolve a parte teórica. Tente abstrair, tente imaginar o vácuo onde tudo aquilo é possível (eu nunc a consegui isso, aliás). Ou se concentre nas figuras, figuras são esclarecedoras! Ou faça seu professor te dar um exemplo aplicável, até que o movimento circular uniforme faça sentido na sua vida.

Inglês e Espanhol: Funcionam da mesma forma que Português, mas, claro, sabe-se que sem o rigor do conhecimento gramatical. Músicas, tirinhas e textos são bem legais para isso.

Biologia e Química: Não são a mesma coisa, eu sei. Deveriam estar separadas, eu sei também. Mas o que eu não sei é como dar um conselho específico para as duas. Acho que se deve, apenas, começar devagar. Primeiro, os conceitos mais fáceis, mais básicos, para depois aprofundar-se em cada aspecto. Se não entendeu alguma coisa do começo, retorne aquilo antes de avançar. As coisas aqui (e provavelmente em todas as outras matérias) fazem mais sentido se puder relacioná-las com algo já aprendido.

O juízo final. Mentira, a hora da prova.

Nada de surtar. Não, surtar não adianta nada. Eu sei, dizer para "não surtar" também não adianta muita coisa. E, bem, quem me conheceu pode achar que eu não tenho moral para dizer uma coisa dessas. Verdade, não tenho muita. Mas, por mais louca e desesperada que eu fosse, eu tinha um sistema. Eu surtava antes, praticamente o ano todo, e era isso que me lembrava de minhas obrigações estudantis. Desesperava-me até o momento em que eu levantasse na manhã da prova. Naquele dia, eu sabia que desespero nenhum iria adiantar. Principalmente no momento em que se entrega a identidade para a fiscal de prova. Encarar seu caderno de questões ali, em branco, pronto para ser aberto, lido e devidamente respondido é, para ser bem enfática, o fim da linha. Apenas... Não adianta se desesperar. O que você tinha de fazer já foi feito.

É esse o momento que, mesmo considerando pouco o tempo de estudo anterior, você olha para o que está escrito e se sente preparado. Não preparado para acertar ou para passar, porque essa certeza ninguém tem, mas para dar o melhor de si. O melhor que você conseguiu juntar até aquele momento. E não há espaço para pânico. Porque o pânico só vai diminuir suas chances. Por mais que pareça, por mais que o mundo diga que não, esse não é verdadeiramente o fim do mundo. Há sempre uma alternativa, outras opções, novas chances. Isso não quer dizer que você deva relaxar e considerar uma brincadeira despropositada. Não. Só precisa entender que aquilo é importante, mas nunca o fim da sua vida. É importante para você, como pessoa, e para o seu futuro, como profissional, por isso se deve respirar fundo e clarear a mente. Ficar nervoso só vai fazer as coisas se misturarem na sua cabeça. Se você estudou, você sabe. Alguma coisa você sabe. E, nesse momento, qualquer "alguma coisa" se torna útil. Se não estudou o suficiente, ainda assim... Alguma coisa você sabe. Fique tranquilo e use esse conhecimento adquirido a seu favor.

A prova passou e logo vem outra? Esqueça a que se foi. Completamente. Ou você não vive mais de tanta ansiedade. Ela não interessa mais, enquanto o resultado não sair. É como se nunca tivesse existido. É hora de partir para outra, se dedicar a outra. Eu sempre dizia que "o surto é válido antes e depois, nunca durante". Mas, no caso do vestibular, o surto depois não é nada produtivo, porque sempre há outra prova para se focar. E, quando não há, bem... As férias estão aí para serem aproveitadas. É ou não é?

Aproveite os dias entre as provas para revisar os conteúdos. Estudar o que precisa ser revisto, porque sempre há alguma coisa que não foi totalmente assimilada. Se tiver estudado antes, as coisas são mais tranquilas. Se tiver coisa acumulada, vai ser o pior mês da sua vida, já vou avisando. Só... Não deixe de comer ou dormir. Não adianta nada estar cansado no dia da prova. Tudo o que você estudou vai simplesmente evaporar enquanto você lê o enunciado da primeira pergunta. E, não, não estou exagerando.

Agora, lembra o que eu falei no começo sobre todo momento é momento de estudo? Então, eu sempre fui do tipo que estuda até que o professor comece a distribuir as provas na fila do lado. E os professores sempre disseram para descansar a cabeça desde o dia anterior. Se conseguir fazer isso, acho ótimo. Descansar é sempre bom e ajuda mesmo! Mas... Bem, eu nunca consegui. Então não acho nada repreensível se quiser levar o livro de matemática para a fila da prova e ficar olhando novamente para as fórmulas. Mas quero ressaltar que isso só funciona para quem adota o princípio do "surto só antes". Se estiver nervoso, abrir qualquer coisa no dia da prova só vai fazer você esquecer o que já sabia. E o que está tentando aprender não vai entrar na sua cabeça. Se estiver tranquilo e achar que precisa olhar alguma coisa que esqueceu ou que, sei lá, gostaria de relembrar as palavras exatas, tudo bem. Realmente acredito que você irá se lembrar daquilo momentos depois, na hora de responder a questão.

Outra coisa... Se você ler a prova e não entender o que está sendo perguntado ou não souber a resposta, pule a pergunta. Leia as outras e comece a responder o que sabe, ou a anotar do lado o que você acha que tem relação com a resposta. Não se desespere. Se o nervosismo aflorar, respire fundo, feche os olhos, levante para beber água, não importa, desde que se acalme. Você vai saber alguma coisa, ponto. E comece encontrando essa coisa e passando suas ideias para o papel. Depois gaste o resto do tempo nas outras, pensando até encontrar as palavras que possam, a seu ver, expressar alguma coisa relacionada. Qualquer tentativa de acerto é válida e pode gerar alguns pontos, aproveite isso. Quanto ao ENEM e à UERJ, o que você achar como óbvio, marque. Arrependi-me várias vezes por não ter seguido isso. A resposta é óbvia porque ela é óbvia. O professor da banca não está fazendo uma pegadinha com você, por mais que pareça.

As pessoas falam, mas ninguém dá valor à Redação, não é? Acredite, ela é muito importante. Muito, muito, muito. Principalmente no ENEM. Tente ser claro na redação, tente não repetir a mesma ideia e nunca, nunca escreva algo que você não tem certeza se está certo, seja uma informação ou uma palavra. Troque a ideia, se precisar. Não fuja do tema. Preferencialmente, tente incluir as palavras-chave das propostas no seu texto, de forma a relacioná-las de acordo com seu pensamento. É claro que você pode ter e expressar a opinião que quiser, desde que tenha fundamentos para isso. "Achar por achar" não é um argumento válido. E, mesmo tendo fundamentos, não seja ofensivo. São seres humanos que corrigirão suas provas, manter o bom senso e alguma consciência social é um fator extremamente positivo.



Eu disse lá em cima que "saber é seu objetivo". E é. Passar no vestibular é consequência. Se você se dedicar com seriedade ao aprendizado de cada dia, a prova do vestibular vai ser só mais uma prova e o que vai ser perguntado não será novo para você. Eu sei que falei como se soubesse muito do assunto, mas eu não sei. Parece que eu fiz tudo certinho, não? Mas eu não fiz. Pelo contrário, foi errando bastante que eu cheguei a essas conclusões. Conclusões que talvez ajudem, mas não tem qualquer outro embasamento além de experiência própria.

Por experiência própria, eu também poderia dizer que ver o amiguinho como adversário é, para mim, deprimente e totalmente desnecessário. Acreditem, é legal passar junto. É legal começar na faculdade conhecendo alguém - faz falta isso, depois. Por experiência própria, eu também poderia dizer que mascar um chiclete durante todo o tempo de prova faz a mandíbula doer por horas e não levantar também durante todo esse tempo causa uma dor terrível nas costas. Mas, por experiência própria, eu poderia dizer tanta coisa inútil que é melhor parar por aqui.

sábado, 14 de maio de 2011

Questão energética - usina hidreletrica bi nacional de Itaipu

Negociações entre Brasil e Paraguai


A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, e do Paraguai, Sapena Pastor, assinaram a "Ata do Iguaçu", uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos dos dois países, no trecho do Rio Paraná "desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu" O Tratado que deu origem à usina foi assinado em 1973.

Os termos do tratado, que expira em 2023, têm sido objeto de descontentamento generalizado por parte do Paraguai. O governo do presidente Fernando Lugo prometeu renegociar os termos do tratado com o Brasil, que permaneceu por muito tempo hostil a qualquer tipo de renegociação.

Em julho de 2009, houve uma renegociação do Tratado de Itaipu, pela qual o Brasil aceitou passar a pagar o triplo do que pagava ao Paraguai pelo percentual de eletricidade produzida por Itaipu, pertencente a este país. Por esse acordo também, o Brasil passou a permitir que o excedente da energia paraguaia seja vendido diretamente às empresas brasileiras (ou a outros países), se assim preferirem os paraguaios, pondo fim ao monopólio elétrico brasileiro.

Após mais de cinco horas de debate, o plenário do Senado aprovou, na noite do dia 12 de Maio , o acordo internacional que triplica o valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela cessão da energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. O valor sobe dos atuais US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais. O relatório da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) - que foi diretora-financeira de Itaipu - foi aprovado em votação simbólica, com os votos contrários da oposição e dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Ana Amélia (PP-RS).


O governo apressou a votação da matéria no Senado para que a presidente Dilma Rousseff leve a revisão do acordo concretizada na visita que fará ao Paraguai no próximo dia 15. As novas bases do tratado, assinadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente Fernando Lugo em 2009, já foram chanceladas pelo parlamento paraguaio. Com a aprovação pelo Senado brasileiro, o projeto seguirá para promulgação, já que se trata de decreto legislativo.

A oposição contestou o argumento da relatora de que não haverá impacto da elevação dos custos da energia de Itaipu no bolso do consumidor brasileiro. "A Exposição de Motivos (do Executivo) diz que os encargos sairão do Tesouro Nacional. E quem alimenta o Tesouro? Os brasileiros que pagam impostos", criticou o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

"Prejuízo foi o apagão (no governo Fernando Henrique), foi a falta de investimentos no setor elétrico", retrucou Gleisi Hoffmann. Ela citou relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) estimando prejuízos de R$ 27 bilhões com o apagão. "O Brasil na relação com o Paraguai tem um superávit anual de US$ 1,9 bilhão, oito vezes maior que o incremento da receita que o Paraguai terá com o aumento no valor da energia excedente que estaremos pagando", completou o líder do PT, Humberto Costa

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SUPERMAM ou SUPER-HOMEM

                        Renúncia de 'Super-Homem' à cidadania americana continua causando polêmica
                                          




Seria o "Super-Homem" o último grande americano? Agora, pelo jeito, não, já que, nos últimos dias, o super-herói mais conhecido do mundo esteve envolvido em uma batalha com proeminentes republicanos e outras pessoas revoltadas com sua decisão de renunciar à cidadania americana.
O Homem de Aço, há muito mitificado como a personificação da força e dos valores americanos, chocou leitores na 900ª edição de sua revista ao anunciar a um funcionário da Casa Branca que estava revendo sua posição.
"É por isso que eu pretendo falar ante as Nações Unidas amanhã e informá-los de que estou renunciando à minha cidadania americana", afirma. "'Verdade, a justiça e o modo de vida americano não são mais suficientes".
A superdisputa - desencadada pela desilusão sofrida por Superman ante reações contrárias ao seu apoio aos protestos pela democracia no Irã - se espalhou muito além das páginas e balões de diálogo.

O potencial candidato à presidente republicano Mike Huckabee, por exemplo, ponderou sobre a questão no fim de semana, afirmando que a ameaça do Superman não é brincadeira.

"É uma história em quadrinhos, mas você sabe que é muito preocupante que o Superman, que sempre foi um ícone americano, esteja dizendo agora: 'Eu não vou ser um cidadão americano'", afirmou Huckabee em uma entrevista à rede de televisão Fox News.
"É parte de uma tendência maior dos americanos quase que se desculpando por ser americano".
O ícone da mídia conservadora Bill O'Reilly levantou a questão no programa The O'Reilly Factor, na Fox, criticando o enredo "inacreditavelmente estúpido".
"Você não arranca a capa do Superman", alertou O'Reilly.
E entre a enxurrada de editoriais de jornais e posts de blogs, o blog teaparty.org viu nessa história nada mais, nada menos do que a mão do presidente Barack Obama.
"Superman agora diz que condena a sua cidadania americana e é apenas um cidadão do mundo. É muito socialista da parte do Superman querer um mundo socialista com pessoas como Obama à frente deste movimento",

quarta-feira, 4 de maio de 2011

atualidades - Morte de Osama bin Laden

O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto neste domingo (1º) (sama bin Laden nasceu em de 1957, em Riad, na Arábia Saudita, filho de Muhammad bin Laden, um magnata do setor de construção, de origem iemenita. Ao contrário de outros irmãos mandados para estudar no Líbano, teve a maior parte da sua educação na própria Arábia Saudita.

Até os 14 anos de idade, levou a vida de um típico filho da elite local, submetido a influências culturais de base não-islâmica: futebol e histórias de faroeste estavam entre seus passatempos favoritos, de acordo com biógrafos. Ainda na escola, passou por uma transformação ao ter seus primeiros contatos com integrantes da Irmandade Muçulmana, grupo de militância ativa em países de base árabe-islâmica.

Na Universidade de Jeddah, onde, já casado, ingressou em 1976 para estudar economia, Osama aprofundou o envolvimento com o ativismo islâmico. Segundo biógrafos, data desta época o interesse dele pelos escritos de Sayyid Qutb, ideólogo egípcio da ala mais radical da Irmandade Muçulmana.
A partir da invasão do Afeganistão pela União Soviética, em 1979, as afinidades ideológicas de bin Laden com o radicalismo islâmico se transformaram em ação efetiva. Já nos anos 1980, Osama conheceu em Jeddah um dos maiores propagandistas da causa afegã, o xeque palestino Abdullah Azzam, doutor em jurisprudência islâmica pela respeitada Universidade al-Azhar, do Cairo. Inspirado por Azzam, bin Laden passou a auxiliar no recrutamento de voluntários para a luta no Afeganistão, chegando a abrigá-los em seu próprio apartamento em Jeddah.

Num movimento que coincidiu com a progressiva virada na guerra afegã, alimentada pelo influxo de armas, dinheiro saudita e apoio dos serviços de inteligência americano e paquistanês, Osama bin Laden finalmente passou a frequentar o campo de batalha, no topo de um grupo de jovens voluntários árabes – embrião do que mais tarde, em 1988, um ano antes da retirada soviética, viria a ser conhecido como "al-Qaeda", "A Base".

Em 1989, voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, criticou a família real por ter autorizado o desembarque de soldados americanos em território saudita, "a terra dos dois locais sagrados" (Meca e Medina). Essa oposição, que o afastou mais ainda do restante da família e do establishment saudita, fez com que ele fosse declarado persona non grata no seu próprio país.

Isolado, transferiu-se para o Sudão em 1992, de onde passou a "administrar" supostos campos de treinamento e a emitir decretos religiosos (fatwas) contra os EUA e a monarquia saudita. Esses decretos acabaram lhe custando a nacionalidade saudita, da qual foi privado em 1994. Dois anos depois, seus novos anfitriões cederam às pressões americanas e da ONU, e pediram a bin Laden que fosse embora do país. De lá, voltou para o Afeganistão, onde colocou em operação outros campos de treinamento e reforçou a retórica antiamericana.

Imagem de 1998 mostra Osama após seu retorno ao Afeganistão (Foto: AP)A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos. Três meses depois, foi acusado nos EUA por assassinato e complô com intenção de matar norte-americanos no exterior.

No dia 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas ligados à rede de Osama bin Laden desviaram três aviões para realizar atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião desviado cai na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram. Em contraste com outros atentados, como aquele contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, em outubro de 2000, Bin Laden iria além de exaltar os executores e clamaria responsabilidade pela ação.
Essa demonstração máxima de força da al-Qaeda viria a tirar de seu líder o pouco da liberdade de movimento que ainda retinha. O Afeganistão, seu refúgio, foi atacado em outubro de 2001 por forças anglo-americanas, no deslanchar de uma guerra ainda não encerrada. Com uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que levassem a sua captura, Osama bin Laden passou a figurar publicamente apenas em mensagens de áudio e em mais raras aparições em vídeo, em cenários como cavernas.
As especulações sobre seu destino (e, de fato, sobre sua própria vida) se arrastavam desde 2001. Osama ora estava morto, ora vivo, ora no Afeganistão, ora no Iêmen, ora no Paquistão – onde, de acordo com os EUA, enfim morreu.
De acordo com o FBI, equivalente americano da Polícia Federal, Osama era conhecido pelos seus seguidores como "emir", "xeque-guerreiro" e "diretor", entre outros títulos. Ele estava na lista de mais procurados pelo país há 12 anos.

                              Paquistão critica EUA por 'falta de confiança' no país


Ministro do Exterior paquistanês, Salman Bashir, disse que seu país teve papel fundamental na luta contra o terrorismo.

O governo paquistanês criticou declarações feitas por autoridades americanas de que o país não era confiável e por isso não foi informado dos detalhes da operação que matou Osama Bin Laden.

O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que nenhuma informação de inteligência foi compartilhada com o Paquistão devido a temores de que o sucesso da operação fosse colocado em risco.

Mas o ministro do Exterior paquistanês, Salman Bashir, disse à BBC que esta visão é 'desconcertante' e que seu país teve um 'papel fundamental' na luta contra o terrorismo.

Bashir disse que Panetta tem direito a suas opiniões, mas que o Paquistão cooperou amplamente com os Estados Unidos.
Ele disse que o complexo em Abbottabad onde Bin Laden foi encontrado e morto no domingo (1º) já havia sido identificado como suspeito há algum tempo pelos serviços de inteligência do Paquistão (ISI), mas que foram necessários os abundantes recursos dos Estados Unidos para determinar que se tratava do esconderijo do líder da al-Qaeda.
'Na maioria das coisas que aconteceram em termos de luta global antiterrorismo, o Paquistão teve papel fundamental', disse Bashir. 'Então é um pouco desconcertante quando temos declarações como esta.'

Na terça-feira (2), o Ministério do Exterior do Paquistão defendeu o ISI e divulgou uma longa nota expressando 'profundas preocupações e reservas' sobre a ação americana.

Ministério insistiu que ações unilaterais não podem se tornar norma e enfatizou que a inteligência paquistanesa vinha compartilhando informações com os Estados Unidos nos últimos anos. 'Em relação ao complexo em questão, ISI tem compartilhado informações com a CIA e outras agências de inteligência desde 2009.'

De acordo com analistas, se Bin Laden estava realmente escondido no local há cinco anos, como se suspeita, as autoridades paquistanesas foram incrivelmente incompetentes ou estavam protegendo o líder da al-Qaeda.
A mansão de Bin Laden ficava a menos de um quilômetro da Academia Militar do Paquistão, a maior do país.

A Casa Branca vem divulgando detalhes da operação que matou Osama Bin Laden, incluindo o fato de que ele estava desarmado quando foi alvejado, após resistir à prisão.
Dois de seus mensageiros e uma mulher morreram no ataque, enquanto uma das esposas de Bin Laden ficou ferida.
Os Estados Unidos não fizeram comentários sobre ninguém que foi capturado. Revelaram apenas que o corpo de Bin Laden foi sepultado no mar.
No entanto, a declaração divulgada pelo Ministério do Exterior paquistanês dizia que o restante da família de Bin Laden 'está agora em segurança e sendo tratada de acordo com a lei'.
Autoridades americanas vem discutindo como e quando divulgar as fotos do corpo de Bin Laden como forma de jogar por terra teorias que defendem que ele não morreu.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que a imagem 'pavorosa' poderia ofender algumas pessoas, mas Panetta disse que não há dúvidas de que, em algum momento, ela terá de ser trazida a público.