terça-feira, 22 de novembro de 2011

aquecimento global - Lélio Polessa

AQUECIMENTO GLOBAL E CRÉDITOS DE CARBONO




Lelio Polessa Maçaira, MSc. – Especialista em Planejamento Ambiental (UFRJ) e

Diretor da CarbonoPRO Consultoria Ambiental.



O que é o aquecimento global? Para entender este fenômeno é preciso relembrar a História Moderna e Geológica da Terra. Inicialmente devemos ter em mente que as mudanças climáticas são naturais. Só para termos idéia, o Planeta alterna, há milhões de anos, períodos glaciais (congelamento) e interglaciais (descongelamento), relacionados a fatores naturais como, por exemplo, a localização das Placas tectônicas. Porém, algo é perceptível e comprovado cientificamente: nunca houve tantas mudanças em tão curto espaço de tempo quanto a partir da revolução industrial no século XVIII.

O que explica isto?


Desde a metade do século XVIII, a concentração de gás carbônico (CO2) tem aumentado consideravelmente por causa da utilização de carvão mineral como fonte de energia. O CO2 é um gás fundamental para a vida no Planeta, pois é um dos responsáveis pelo efeito estufa, que é um efeito natural, no entanto, nas últimas décadas, devido à enorme queima de petróleo, a quantidade de CO2 tem aumentado ainda mais. Como este acréscimo implica em uma maior capacidade da atmosfera reter calor, a Terra pode sofrer conseqüências catastróficas, como a elevação do nível dos mares. As áreas litorâneas da Cidade Maravilhosa seriam afetadas por este fenômeno, caso a emissão de gás carbônico pelas indústrias e automóveis não seja controlada.

Para tentar contornar este problema, a ONU vem realizando conferências internacionais para discutir as conseqüências do aquecimento global. Em 1997 foi assinado o Protocolo de Quioto, que estabeleceu para os países desenvolvidos um limite de emissão de gases do efeito estufa.



Por que só os países desenvolvidos têm que diminuir suas emissões?



Como até hoje os países que mais emitiram foram os desenvolvidos, a maior parte do CO2 acumulado na atmosfera provém de atividades industriais realizadas por estes países há mais de dois séculos e meio. Além disso, não seria justo que os países em desenvolvimento tivessem que diminuir suas emissões, pois isso afetaria diretamente suas economias, que começaram a desenvolver suas atividades industriais há poucas décadas. Portanto, os países pobres e em desenvolvimento não possuem metas, pois passaram por um processo de industrialização tardio e apenas nos últimos anos aumentaram significativamente suas emissões, porém em níveis bem inferiores aos países desenvolvidos.

Para não comprometer a atividade industrial dos países desenvolvidos, o protocolo estabeleceu uma alternativa para os que não conseguirem diminuir a emissão de gases do efeito estufa, podendo compensar a quantidade emitida acima da meta, através da compra de créditos de carbono gerados por países em desenvolvimento.



O que são os créditos de carbono?



Antes de explicar o que são estes créditos devemos entender o balanço entre emissão e seqüestro de gás carbônico. Um caminhão emite, por exemplo, uma tonelada de CO2 a cada 1.000 km, sendo que muitos chegam a percorrer esta distância em apenas um dia. Como ao realizar fotossíntese, as árvores retiram CO2 e liberam O2, para cada tonelada de CO2 emitida por um caminhão ser retirada é necessário que 10 árvores façam fotossíntese ao longo de 20 anos.



1ton CO2 = 1 crédito de carbono.



Uma forma de gerar estes créditos é desenvolver projetos de reflorestamento em áreas degradadas. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional pelos países em desenvolvimento e adquirido pelos países desenvolvidos ou suas empresas que não atingirem as metas estabelecidas pelo protocolo.

O mercado de carbono é a forma que a ONU e os países encontraram para tentar diminuir a concentração dos gases do efeito estufa, mas cada um pode e deve fazer a sua parte, principalmente consumindo menos energia e combustíveis fósseis (como gasolina, gás de cozinha). Plante uma árvore! Além de importante para o meio ambiente, te fará bem o contato com a terra. Experimente!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

comentários prova UFF - vestibular 2012

Comentários vestibular UFF – GEOGRAFIA PROF ALVARO BARRETO






QUESTÃO 12 – GABARITO B



A questão apresenta um elevado grau de dificuldade, muitos vestibulandos optarão equivocadamente pela opção C, devido a recorrência do tema Globalização e sua associação aos meios de telecomunicação, o que gera complicações na questão. A saída mais simples é a eliminação das outras opções. e associando a interpretação do mapa, percebe-se que a maior densidade de redes televisivas, e acesso a internet, se encontram na parte Norte da imagem, em paises ricos e também emergentes, Na contra mão se encontra a América do Latina e a África(países do Sul)



QUESTÃO 13 – GABARITO C



A questão apresentava grau de dificuldade mediano, a análise do gráfico é o foco da questão, a banca elaboradora não buscou complicar essa questão, pois se houvesse uma alternativa “Sudeste e Norte” ou até mesmo “Sudeste e Sul” causaria dificuldades, atenção a palavra respectivamente é importante também para sua interpretação.

A dificuldade diz respeito a região de menor intensidade de fluxos, pois não é necessário, para um bom vestibulando, interpretar o gráfico para saber que o Sudeste é detentor dos maiores fluxos.





QUESTÃO 14 – GABARITO D



O termo Diáspora faz referência a dispersão de chineses para os paises do Sudeste Asiático.A questão traz consigo um importante eixo, relativo a evolução econômica chinesa, e sua superpolpulação, que vem buscando outras alternativas de vida em paises capitalistas do Sudeste Asiático, além da difusão de empresas e negócios, e a acolhida solidária por parte de outros chineses residentes no novo país.

A eliminação das outras opções é a melhor saída já que dificilmente esse tema foi pouco comentado.





QUESTÃO 15 – GABARITO A



Questão bastante interessante que traz a tona, a temática combustíveis renováveis. O grande potencial do litoral nordestino está associado a localização em uma área receptora de ventos alíseos (baixa pressão) proveniente das áreas próximas aos trópicos(Alta pressão ou Zona dispersora de ventos ) a constância em relação aos ventos associados a sua velocidade proporcionam um grande potencia de produção de energia elétrica através do vento. Alem do litoral nordestino apresentar poucos anteparos(relevo) se comparado ao Sudeste .





QUESTÃO 16 – GABARITO C



A questão apresenta caráter bastante atual e faz referência em seu gabarito a expansão da fronteira agrícola brasileira da década de 70, caracterizada principalmente pela agricultura no Domínio do Cerrado ( com certo grau de semelhança a Savana Africana ) onde agricultores se utilizaram de técnicas como a Calagem , visando a correção do solo, e consequentemente uma boa produtividade, atualmente essas terras brasileiras são ocupadas pelos gigantescos Complexos agroindustriais, o que proporciona o relativo encerramento da fronteiras brasileiras contrastante com a disponibilidade de terras agricultáveis em Moçambique.



QUESTÃO 17 – GABARITO E



Deve ser levado em consideração que os paises ditos de industrialização periférica são caracterizados pela dependência tecnológica em seus processos de industrialização retardatário. Apesar do bom desenvolvimento industrial indiano nos últimos anos, a dependência tecnológica ainda é persistente .





QUESTÃO 18 – GABARITO A



Eixo temático geografia urbana , as imagens demonstram as diferentes importâncias dos centros urbanos, fato relacionado a amplitude e qualidade das funções exercidas por eles, e o grau de polarização. Permitindo assim, a existência da classificação hierárquica da rede urbana brasileira, e suas divisões criadas pelo IBGE em 2007.



QUESTÃO 19 – GABARITO B





A questão faz referência aos benefícios, e malefícios causados pela instalação de usinas hidrelétricas no Brasil, o alagamento de grandes áreas proporciona destruição da fauna e flora local, além de provocar a expulsão de populações ribeirinhas locais e também indígenas. Há interesses divergentes entre os preservacionistas e desenvolvimentistas, favoráveis as obras, é notório o conflito em relação à ocupação da Região fato que já despertou a atenção da comunidade internacional .





Comentários gerais :


A prova apresentou um bom nível de dificuldade, o eixo atualidades , como de costume trouxe interessantes surpresas, a geografia física não apresentou grande importância a exceção da questão 15 , urbanização e agricultura também foram importantes, além da recorrente globalização.

A única questão, em meu ponto de vista, que pode apresentar controvérsia é a numero 12 (olhar comentários) porém é difícil de ser anulada. As questões de 16, 18 e 19 , apesar de não apresentarem muita complexidade , são interessantes mensuradoras de conhecimento.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Entrevista Cderno Epecial ENEM - Folha Dirigida

— O que costuma ser cobrado, com mais frequência, na parte de Geografia do Enem?



Inicialmente, é interessante ressaltar que o exame é caracterizado pela interdisciplinaridade .. na minha concepção, a geografia é de extrema importância ,porque além de contar com temas clássicos como: o espaço agrário brasileiro e suas características produtivas, a problemática urbanização e seus impactos sociais e ambientais, evolução dos processos produtivos e cartografia. A ciência é relevante em temáticas relacionadas a atualidades como por exemplo a crise econômica mundial e os BRICA`S . A questão energética mundial , recursos hidrológicos associada a degradação de mananciais e problemas ambientais contemporâneos normalmente estão associadas a prova de ciências da natureza, porém necessitam do embasamento geográfico.

— A maioria das questões abordam, em linhas gerais, tópicos de Geopolítica o Geofísica? Por que?

A geografia é uma ciência social pautada nas relações entre sociedade e natureza, progressivamente as subdivisões dentro da disciplina tendem a desaparecer, pois se encontram totalmente entrelaçados. Porém, em relação ao exame Enem é possível perceber que se comparado a outros vestibulares, temas de ordem física são muito utilizados tanto na prova de ciências humanas, como no embasamento para questões da prova de ciências da natureza. O vestibulando deve estar atento, pois muitas habilidades se misturam dentro de uma mesma questão .Por exemplo, o uso desregulado do solo (social) associando a erosão de encosta (físico) .

— Quais os tópicos que, a seu ver, têm mais chances de serem cobrados este ano?

As apostas são variadas porque o exame é caracterizado por conseguir abordar uma grande conjunto de temáticas. Dentre elas estão os agentes internos formadores do relevo, com ênfase no terremoto do Japão e suas conseqüências ; crise econômica mundial e seus persistentes ), impactos ( PIIG´s) ;problemas ambientais contemporâneos; questão energética mundial associadas as fontes de energia renováveis; fenômeno da globalização e suas características . Também aposto nas conturbadas sucessões presidências em paises árabes (Primavera Árabe), e em questões relacionadas ao problemático uso do solo na Amazônia.



— Quais as principais competências exigidas na parte de Geografia?

De acordo com as normas do exame, competências e habilidades exigidas em geografia

Competência de área 1 - Compreender os elementos culturais que constituem as identidades



H1 - Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H5 - Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.



Competência de área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6 - Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços

geográficos.

H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.



Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das

instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.



Competência de área 4 - Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.



H16 - Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

H17 - Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de

territorialização da produção.

H18 - Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas

implicações sócio-espaciais.

H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias

formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas

novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.



Competência de área 6 - Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos

H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.

H27 - Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.

H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

H30 - Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no

planeta nas diferentes escalas.


— Vale a pena estudar tópicos que têm um grau de dificuldade maior, que em vestibulares, geralmente são cobrados na segunda fase? Quais o senhor aconselha que os candidatos evitem, nesta reta final?



Devemos levar em consideração que o exame Enem não tem por características buscar respostas que exijam do vestibulando um conhecimento muito especifico. Ao meu ver, o aluno necessita de um conhecimento geral de muitos temas, mas a o grau de exigência dos conteúdos é normalmente menor que nas segundas fases. Se o tempo estiver curto para os estudos, deixe de lado temas como conflitos étnicos mundiais, e geopolítica da Guerra Fria, pois normalmente não são muito cobrados no exame e requerem um bom nível de estudo e detalhamento.

— O Enem é uma prova com proposta interdisciplinar. Há tópicos de Geografia podem ser cobrados em questões de outras áreas? (Quais os principais)?


Sem sombra de dúvidas, ao meu ver a geografia é de suma importância no exame. Para exemplificar, na última prova (2010), a geografia foi fundamental para resolução de 26 questões na prova de ciências humanas e mais 6 questões na prova de ciências da natureza .

Há clara relação entre temas de cunho biológico (biomas, evolução de espécies , eutrofização de corpos hídricos ), relacionados a Física temos as fontes de energia e sua obtenção, na química a representatividade está relacionada aos problemas ambientais contemporâneos , qualidade da água, além de embasar questões relacionadas a atualidades.
— A leitura de jornais e revistas já é importante em qualquer prova de Geografia. Mas, nas questões do Enem, é ainda mais necessária? Por que?


Leiam , leiam e leiam. Além de promover o aumento do conhecimento , uma das principais queixas do exame é o tempo para sua realização, normalmente as questões apresentam enunciados muito extensos,o que pode provocar desconforto entre aqueles que lêem pouco. O vestibulando que adiquirir habito de ler, terá grande vantagem pois conseguirá assimilar a leitura da prova de maneira mais confiante e rápida . Acostumar –se a ler é fundamental para um bom desempenho. Boa sorte .



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TEORIAS DEMOGRÁFICAS

1- Teoria Malthusiana


A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população.



Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).



Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.



Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.



Naquela época, a obra fez muito sucesso, mas hoje suas idéias são consideradas ultrapassadas pela maioria dos estudiosos. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas redistribuindo a riqueza produzida no mundo.



Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.

2 Teoria Neomalthusiana

É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana.



O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade diminuísse.



Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.



Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.





Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intra-uterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.

Relacionado a esses pensadores temos a Teoria ecomalthusiana:



Segundo os seguidores desta teoria, um rápido crescimento demográfico se traduziria em pressão sobre os recursos naturais e em sério risco para as gerações futuras, principalmente para os que vivem nos ecossistemas tropicais e equatoriais.



3 Teoria Reformista

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.



De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso à educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população.

Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.

Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a conseqüente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.

Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

Relação :

20% mais ricos consomem 80% dos recursos

80% mais pobres consomem 20% dos recursos .

domingo, 3 de julho de 2011

Entendendo a crise na Grécia

Será que a Crise financeira Mundial de 2008 já foi superada ?
Em um mundo globalizado a disseminação de benefícios e malefícios é variada em relação aos diferentes territórios.Características particuluras dos lugares proporcionaram uma abrangência variada dos fenômenos.
Quem não se recorda da celebre frase do então presidente Lula " o que para muitos será um Tsunami, para o Brasil será uma Marolinha " No que diz respeito aos impactos da crise econômica , e , ele estava correto tanto em relação a nossa economia quanto aos respectivos influenciados pelo Tsunami .
Surge dai a sigla PIIG'S ( Portugal, Irlanda, Itália,GRÉCIA e Espanha) paises caracterizados por seríssimos problemas estruturais ecômicos e previdenciários, os quais  foram afetados consideravelmente .

A seguinte postagem será centrada no problema vivido pela Grécia .
A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial.

Num momento de protestos em Atenas contra as medidas de austeridade impostas pelo governo, o premiê George Papandreou tenta se manter no cargo, após anunciar mudanças no seu gabinete.

O premiê tenta também aprovar novas medidas de contenção de gastos necessárias para que a União Europeia e o FMI continuem efetuando os pagamentos do pacote de resgate que prometeram à Grécia.

A próxima parcela de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 27 bilhões) do pacote quase certamente será paga, o que deve sustentar o governo grego por mais algumas semanas.



É provável que um segundo pacote seja discutido por ministros das Finanças do bloco europeu neste domingo, mas ainda não está claro quais serão os termos do novo acordo.
Por que a Grécia já precisa de um segundo pacote de resgate?
O pacote original foi aprovado há pouco mais de um ano, em maio de 2010.
A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Europeia e ao FMI.
A ideia era dar à Grécia tempo para sanear sua economia, o que reduziria os custos para que o país obtivesse dinheiro no mercado.
Mas isso não ocorreu até agora. Pelo contrário: a agência de classificação de risco S&P recentemente deu à Grécia a pior nota de risco do mundo (dentre os países monitorados pela agência).

Assim, o país continua tendo diversas dívidas a serem quitadas, mas não é capaz de obter dinheiro comercialmente para refinanciá-las.
Por que a Grécia está nessa situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008.
O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.

O que a Grécia está fazendo para reverter a crise?
A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit de maneira escalonada.
Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou em maio um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros.
O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.


Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.
A população reagiu com protestos, alguns deles violentos.
Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.
Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "antipopulares" e "bárbaras".
Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas?
Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida.
No caso da Grécia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos da zona do euro têm sido mantidas baixas ante a presunção de que a UE e o Banco Central Europeu proveriam assistência a países da região, justamente para evitar calotes.
Uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo, significaria um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da UE, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia.
Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu.
Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.
Então por que os países europeus não concordam logo com um novo pacote de resgate?
O problema é que o governo alemão quer que os bancos compartilhem as agruras de um segundo resgate.
Isso significaria que, em vez de a Grécia tomar dinheiro emprestado da UE para pagar dívidas de vencimento imediato, os bancos teriam de concordar em renegociar essas dívidas, provavelmente em termos mais favoráveis aos gregos.
O governo francês e o Banco Central Europeu advertiram que tal reestruturação da dívida seria considerada por muitos como uma moratória, o que, por sua vez, continuaria dificultando que a Grécia voltasse a tomar empréstimos comercialmente.
Mas governos europeus talvez estejam sendo influenciados pela quantidade de dinheiro que seus próprios bancos já emprestaram aos gregos.
A agência de classificação de risco Moody's já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade à dívida grega.
A crise na Grécia pode se espalhar?
Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal.
Mesmo sem uma moratória, ainda pode haver dificuldades, já que os pacotes de resgate oferecidos a esses dois países foram estruturados para ajudar Lisboa e Dublin até que seus governos fossem novamente capazes de obter dinheiro no mercado - como no caso de Atenas.
Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal não seguirão o mesmo caminho.
O problema real diz respeito ao que acontecerá com a Espanha, que só tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.
A economia espanhola equivale à soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muito mais difícil para a UE estruturar, caso seja necessário, um pacote de resgate para um país dessa dimensão.


Obs*** Austeridade - Em economia, a austeridade significa rigor no controle de gastos. Uma política de austeridade é requerida quando o nível do déficit público é considerado insustentável e é implementada através do corte de despesas.

Projetos de desenvolvimento e despesas sociais são frequentemente o alvo preferencial dos cortes de gastos. Em países como o Reino Unido, sob o governo de Margaret Thatcher, e o Canadá, no governo de Jean Chrétien, houve queda do padrão de vida da população, quando medidas de austeridade foram adotadas a fim de recuperar o equilíbrio fiscal.
Bancos privados ou instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), normalmente exigem a adoção de uma política econômica "austera", por parte dos países que pretendam refinanciar suas dívidas. Em geral, o governo do país deve comprometer-se a reduzir a despesa pública através da extinção (ou drástica redução) de subsídios e diminuição das despesas de custeio da administração, entre outras formas. Os compromissos assumidos devem ser explicitados em uma “carta de intenções”.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

definições do conceito de latifundio - Francisco Graziano

O conceito de latifúndio


XICO GRAZIANO


Há uma unanimidade no debate da questão agrária brasileira: a condenação ao latifúndio. Você já viu alguém defendê-lo? Certamente, não.
Todo mundo é contra o latifúndio. Ainda bem! A coincidência termina, porém, quando se avança na discussão: onde está o latifúndio?
Originário do latim, significando os grandes domínios privados da aristocracia romana, o conceito de latifúndio vincula-se à idéia da imensidão, da monocultura, do subdesenvolvimento. Autores famosos, como Alberto Passos Guimarães, Caio Prado Jr., Celso Furtado, descrevem à farta as mazelas do sistema latifundiário-exportador, instalado com o ciclo do açúcar, no Nordeste.
Além do caráter exportador, monocultor e extrativista, nas relações sociais de produção se caracterizava o latifúndio. A mão-de-obra escrava foi sua marca indelével, capitaneada pelos senhores de engenho. Relações pessoais autoritárias conformavam um sistema de poder servil, à moda feudal. Na legislação agrária, apenas em 1964, com a promulgação do Estatuto da Terra, se estabeleceram os marcos jurídicos do latifúndio. Tomando o módulo rural como tamanho ideal da propriedade familiar, denominou-se latifúndio "por dimensão" o imóvel rural com área acima de 600 módulos. Menor que isso, desde que não fosse minifúndio, classificava-se o imóvel como empresa rural, se produtivo, ou latifúndio "por exploração", se improdutivo.
Havia, portanto, dois tipos de latifúndio: um dado pelo tamanho excessivo e o outro, pela baixa exploração da terra. Essa é a razão que permitia a existência de "pequenos latifúndios" no País, uma contradição nos termos. Em 1984, as estatísticas do Incra mostravam que 70% da área total cadastrada pertencia aos latifúndios. Desses, porém, 90% não ultrapassavam 500 hectares e 58% eram menores que 100 hectares. Um paradoxo!
Com a nova Constituição, em 1988, a legislação complementar alterou a antiga denominação do latifúndio, substituindo-a pelo conceito de "grande propriedade improdutiva". Hoje, pela Lei 8.629/93, a grande propriedade precisa estar acima de 15 módulos. Dependendo de análise técnica, pode ser caracterizada como produtiva ou improdutiva.
Associando a história com o direito, percebe-se que não cabe ao latifúndio ser produtivo. Tampouco ter gerência e trabalho regulamentado. Assim colocado, fica claro que a moderna produção agropecuária não pode, em nenhuma hipótese, ser considerada latifundiária. Nem se confundem com latifúndios as grandes empresas rurais, dedicadas à produção de grãos, culturas permanentes ou gado.
O processo de modernização da agropecuária, desde meados de 70, provocou uma reviravolta no campo. De um sistema latifundiário e oligárquico se passou a uma economia com tecnologia intensiva. Relações quase feudais de produção foram substituídas pelo profissionalismo exigido pela agronomia moderna.
Capatazes cederam lugar aos gerentes. Coronéis viraram empresários.
Assim seguiu a trajetória da pecuária, que investiu em gramíneas selecionadas e trouxe as modernas raças européias, utilizadas no cruzamento com o tradicional zebu. O Brasil, hoje, equipara-se aos grandes produtores de carnes do mundo, como Nova Zelândia ou Austrália. Pastagem calcareada não é latifúndio!
Na soja, há mais tempo, no algodão, recentemente, o salto de produtividade é simplesmente admirável. Cerrados retorcidos cederam lugar a cultivos que superam os norte-americanos e argentinos. O café, tradicional lavoura da oligarquia, caminhou para terras altas e planas do cerrado e, na Serra da Mantiqueira, investiu em qualidade. A bica-corrida vai sendo substituída pelo café gourmet!
Na cana-de-açúcar e no cacau, berços do latifúndio, bem como nos pomares de laranja, o Brasil é hoje campeão de produtividade. Há, claro, bolsões ainda atrasados. Mas a grande diferença está em que, no passado, o latifúndio era a regra. Hoje, o que impera é a produção capitalista, incluindo a familiar.
Os latifúndios modernizaram-se e se transformaram na propriedade produtiva
Podem ser grandes, porém geram renda e emprego no campo. Mais, trazem divisas para pagar a conta das importações do setor industrial, sempre deficitário.
Cadê, então, o latifúndio? Pode-se comprovar que, hoje, restam três tipos de latifúndio. Primeiro, o latifúndio "ecológico", grandes propriedades cobertas por reservas florestais, principalmente na Amazônia, que somam talvez 100 milhões de hectares. Imaginá-las, porém, destinadas à reforma agrária significa confundir mata nativa com terra improdutiva. E associar essas idéias representa avalizar a devastação florestal. Pois é exatamente isso que está ocorrendo no Pará e em Mato Grosso. O temor da reforma agrária impulsiona o desmatamento.

Segundo, há também os latifúndios "cangaceiros", situados no semi-árido ou no sertão do Nordeste, região de solos áridos e secas contumazes. Somam 25 milhões de hectares onde pastam bodes e crescem cactos, onde sem irrigação não há produção possível. Pior, distam léguas dos mercados.
O terceiro é o mais alvissareiro deles: o latifúndio "fantasma". São terras griladas e cadastradas de forma espúria, que desde os anos 1960 turvam as estatísticas rurais do País. Quase 90 milhões de hectares foram, no governo passado, excluídos do cadastro de terras do Incra: não houve quem as reclamasse!



O MST quer guerra contra o latifúndio. Ótimo. Todo mundo deveria entrar nessa jornada. Mas, antes da batalha, carece delimitar o adversário. Onde está, afinal, o latifúndio? Definitivamente, ele não pode ser confundido com as grandes empresas rurais. Tampouco com as florestas virgens ou a catinga.

Sem informação atualizada, corre-se o risco de, à moda de dom Quixote, guerrear contra fantasmas. Para os neo-revolucionários de plantão, está de bom tamanho. Para a política nacional, significará apenas mais confusão.

Para nada.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

atualidades - O 2o Bin Laden ?

Egípcio Ayman Zawahiri é o novo chefe da al-Qaeda


Número 2 da rede ocupará lugar de Osama bin Laden, morto em maio.
Do G1, com agências internacionais *
 O egípcio Ayman al Zawahiri foi nomeado chefe da al-Qaeda em substituição a Osama bin Laden, fundador da rede terrorista, morto em maio durante operação dos Estados Unidos no Paquistão, informou a organização terrorista em comunicado publicado nesta quinta-feira (16) em portais islamitas na internet.
“O comando geral da al-Qaeda anuncia, depois de consultas, a designação de Ayman al Zawahiri a frente da organização”, diz texto firmado pelo comando geral da rede .
Zawahiri, que completa 60 anos no domingo, é apontado como um dos reponsáveis pela formação ideológica, as táticas e habilidades organizacionais da al-Qaeda. É também tido como o líder por trás do uso dos primeiros atentados suicidas e células independentes que se tornaram uma marca da rede.
Braço direito de Bin Laden, ele prometeu este mês seguir adiante com a campanha da rede contra os Estados Unidos e seus aliados.
"A liderança geral do grupo al-Qaeda, depois da conclusão das consultas, anuncia que o xeque Dr. Ayman Zawahri, que Deus lhe dê sucesso, assumiu a responsabilidade pelo comando do grupo", disse em um comunicado o website islâmico Ansar al-Mujahideen (Seguidores dos Guerreiros) .Depois da morte de Bin Laden por comandos dos Estados Unidos no Paquistão, há 45 dias, o médico Zawahri vinha sendo apontado como seu sucessor mais provável. Bin Laden era responsabilizado pelos ataques de 11 de setembro em Nova York e nos Estados Unidos.
O paradeiro de Zawahri é desconhecido, embora se acredite há muito tempo que ele esteja escondido entre o Afeganistão e o Paquistão. Os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de 25 milhões de dólares a quem der informações que conduzam à sua captura.
O ex-funcionário do setor de inteligência dos EUA Robert Ayers diz que 'falta carisma a Zawahri. Ele é uma sombra pálida de Bin Laden'.
'Ele é um burocrata cinzento, não um líder que possa energizar e unir as tropas. A única coisa que sua promoção conseguirá é elevar sua prioridade como alvo dos EUA.'
Sajjan Gohel, da consultoria de segurança da Asia-Pacific Foundation, disse que na prática Zawahri era havia muitos anos o chefe da Al Qaeda, mas não tinha a presença de Bin Laden e sua 'habilidade de unificar as diferentes facções árabes no grupo'.
Outros analistas o veem como uma figura mais talentosa.O jornalista Abdel-Bari Atwan, que trabalha em Londres e entrevistou Bin Laden em 1996, afirmou que Zawahri era o "cérebro operacional" por trás da Al Qaeda, respeitado, em parte, por ser o mais próximo assessor escolhido por Bin Laden.
"Ele conseguiu transformar a Al Qaeda de uma pequena organização voltada para a expulsão dos interesses dos EUA na Arábia Saudita em uma organização mundial. Os homens que ele levou para a Al Qaeda, de seu grupo, a Jihad Islâmica egípcia, mostraram ser os instrumentos que impulsionaram a al-Qaeda internacionalmente."
Zawahri conheceu Bin Laden em meados dos anos 1980 quando ambos davam apoio às guerrilhas que combatiam os soviéticos no Afeganistão. Ele é de uma família da classe alta do Cairo e tem formação como médico e cirurgião.
"Um sucessor valioso para um grande antecessor. Nós pedimos a Deus que dê a você e a seus soldados sucesso para a vitória do Islã e dos muçulmanos, e para levantar a bandeira da religião", escreveu no website um participante de outra página islâmica na Internet, a As-Ansar.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Por alguém muito especial ESTUDANTE X VESTIBULAR

Bom, eu não sei se sou a melhor pessoa para escrever isso, mas o faço por um grande amigo, que também fez tudo o que pôde para que as coisas dessem certo. E também porque eu não quero que o que eu consegui sejam apenas números em uma lista. Qual a diferença? Não melhora em nada o mundo e meu lado idealista gosta desse tipo de coisa. Gosto de tentar mudar. E, bem, quem sabe isso ajuda a colocar vários outros nomes em várias listas também? Custa nada tentar.


Meu nome é Thaís, tenho dezessete anos e faço Direito na UFRJ. Eu passei em todas as outras universidades do Rio de Janeiro também, mas isso não me faz uma pessoa melhor ou alguém apto a ditar diretrizes para qualquer outra pessoa. Então, vou me limitar a contar um pouco do que eu fiz (provavelmente darei uns pitacos no meio, porque acaba fugindo do meu controle)(ou acabarei dando pitacos e falando sobre mim como observação, nunca se sabe) e você tente tirar alguma coisa boa - se houver - daí.

Tudo precisa de um início

Para começar, é preciso ter base. Eu me esforcei muito no Ensino Fundamental, mesmo quando ninguém parecia querer fazê-lo e percebi, no Ensino Médio, que isso me ajudou bastante. Porque simplesmente chega naquele momento do exercício de matemática em que você não se lembra como se resolve o produto notável, ou a equação de quarto grau. E, acredite, no Ensino Médio, esse é o momento em que a questão é considerada fácil. Entretanto, isso não quer dizer que, se você não souber, o mundo está perdido. Claro que não. Muita gente já brigou comigo por isso, mas eu sempre acreditei que todo momento é momento de conhecimento, seja na hora de ler alguma história fantasiosa, seja naquele minuto em que você está esperando o portão ser aberto para fazer seu vestibular (claro, há espécies de pré-requisitos, explicá-los-ei depois, porque estou me antecipando). Então, partindo desse princípio, a única coisa a ser feita é buscar aquele conhecimento que você esqueceu. Pesquisando ou perguntando, descubra e aprenda. O que você tiver aprendido antes NÃO É dispensável, mesmo que pareça completamente inútil. Sinceramente? Quando estiver em seu curso, bastante coisa vai ser descartada, mas por enquanto... Tudo é importante. E mesmo aquilo que não tem aplicação, ajuda a compreender o que vai ter. Torna as coisas mais fáceis e todo o ano menos desesperador.

Resumindo, se lhe falta base, busque-a! Ok, eu prometi que não ia dar ordens, mas é que a grande maioria das pessoas deixa isso de lado. É importante, gente. Ninguém pisa no primeiro degrau e alcança o último degrau de uma escada de uma vez. Pode ser mais demorado, mas é mais tranquilo subir degrau por degrau. E é assim que devemos fazer com todas as matérias. Só para esclarecer, quando eu digo "ter base", isso inclui ler também. Ler qualquer coisa. Quando eu digo "qualquer coisa", é qualquer coisa MESMO. Sem exagero. Pode ler Capricho, Crepúsculo ou os quadrinhos do X-Men. Apenas leia. Eu aconselharia algum clássico, porque conhecer o autor evita surpresas, por exemplo, nas provas da UFRJ de Português (mais interpretativas), sem falar que, querendo ou não, procurando no dicionário ou não (coisa que eu aconselho, mas odeio e não faço sempre que posso desde o primeiro ano, admito), você sempre vai aprender uma palavra nova. Eu conheço gente que errou uma questão porque não entendeu o enunciado por não conhecer o significado de uma palavra. E isso soa terrível, não?

Eu tenho um ano inteiro para...

Estudar, estudar, estudar! Não estou brincando. Se você está no terceiro ano, você precisa estudar. Ponto. Não é para deixar de viver, abandonar os amigos, só ir da escola para casa (e nesse momento eu tusso e finjo que estou dando um exemplo abstrato), mas a sua prioridade do ano é estudar. Não adianta se reunir com os amigos sob essa desculpa se, no fundo, você souber que irão, sei lá, jogar UNO, ao invés de abrir um livro. Isso seria só você tentando se enganar. O momento em que se dará conta disso será o momento em que abrir o caderno de questões para ler. Todo mundo tem o direito de se divertir, principalmente nessa época, onde a pressão vem de todos os lados. Tente separar um momento da semana para sair e curtir a vida (eu diria um dia da semana diferente a cada semana, mas isso é mais uma opinião pessoal). Mas, se você passou um dia inteiro com preguiça e não estudou, o dia separado para farra já pode fazer a diferença no balanço final. Eu não digo isso para tirar sua vida social (estou começando a perceber agora, aliás, o quão importante ela pode ser), digo para que na semana anterior à prova, você simplesmente não tenha motivos para surtar. Não ter motivos é um bom caminho para se acalmar. E, acredite, tranquilidade e conhecimento tem o mesmo peso em uma prova de vestibular.

Enfim, estude! Você adora Português e odeia Matemática? Então ok, estude Matemática. Você não gosta de nenhuma matéria (caso mais típico - ou não), mas acha Geografia mais fácil que Literatura? Vá estudar Literatura. Obviamente que não deve abandonar as matérias que 'sabe' (mesmo porque, não adianta, conhecimento se replica em uma velocidade alarmante, sempre há algo novo para se saber), mas precisa focar nas que não gosta ou desconhece. Porque essas são sempre as mais difíceis de assimilar, são sempre as que você vai tentar esquecer assim que o professor vira as costas e vai embora. E são elas que vão ser seu diferencial na hora da prova (da primeira fase ou do ENEM, por exemplo). É importante ser constante, manter um padrão aceitável, saber, pelo menos, o essencial de tudo. E mais das específicas, claro (mas essa já é outra fase). Sem falar que, com vestibular ou sem vestibular, é preciso concluir o Ensino Médio, né?

Eu preciso só de Português, Literatura e...

Iria começar com um categórico "não, nada disso", mas pensei melhor. São vários vestibulares. Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, temos UERJ, UFRJ, ENEM e UFF para fazer, certo? Se você quiser escolher um vestibular só e se dedicar a ele, ótimo. Você estuda aquilo que precisa e só. Eu, particularmente, acho arriscado. Colocar todas as suas fichas em uma coisa só é bastante complicado, principalmente quando a gama de alternativas torna isso meio desnecessário. Se o fizer, contudo, precisa se dedicar muito, é o que eu acho. Porque, afinal, está trocando quatro (ou mais, se considerarmos as alternativas que o ENEM proporciona) chances por uma... Enfim. Para aqueles que, como eu, vão tentar para todas (ou quase todas), considero completamente errado focar nas suas específicas. Querendo ou não, é preciso ultrapassar a primeira fase, como o nome já diz, primeiro! E o ENEM cobra todas as matérias (e até algum conhecimento... de vida, por assim dizer), de um jeito ou de outro.

Estude tudo. Não precisa estudar desesperadamente, claro. Nem é saudável (acho que posso confirmar isso bem). Pergunte tudo o que não souber. TUDO, e a caixa alta é para dar a ênfase necessária. Mesmo que a pergunta pareça idiota, o que importa é que, depois daquele momento, você irá saber. E 'saber' é seu objetivo. Descarte tudo aquilo que seu professor disser que não serve para quem não faz prova específica. Acredite, eles sabem o que dizem. Mas estude o que for importante, mesmo que vá esquecer assim que passar a sua última prova de conhecimentos gerais. Nunca abra mão de pegar no conteúdo de uma matéria e revê-la, porque simplesmente a acha ridícula ou desnecessária. Você nunca sabe o que pode cair em uma prova, é sério. Se quiser descartar, pergunte a uma pessoa especializada. Nunca foque em uma matéria só, pelo contrário, foque nos diferentes conteúdos que lhe forem apontados como essenciais em todas as matérias. Lembre-se, um pouquinho de tudo constrói uma base sólida de conhecimento, que não irá se desfazer diante de uma prova, por mais complicadamente elaborada que seja.

E eu me esqueci de mencionar que, querendo ou não, as matérias se relacionam. Quem nunca achou que tinha se livrado das contas de matemática em uma aula de humanas e se deparou com o professor de Geografia querendo calcular população e escala? Dizem que a teoria de Darwin sobre a seleção natural foi baseada em suas observações da sociedade. Não sei se é verdade, mas isso também perdeu a importância quando criaram a teoria do "Darwinismo Social", que explicava a 'competição' na sociedade humana pela teoria da 'sobrevivência do mais adaptado'. Isso é Biologia, História e Geografia, ao mesmo tempo. Uma coisa puxa a outra, sempre. E vocês não sabem como isso ajuda a lembrar...

Passar o dia todo na escola?!

É importante, acredite. Sinceramente? Toda vez que me perguntavam quantas horas eu estudava (sempre achei isso meio irrelevante, mas todo mundo adorava repetir essa pergunta, sei lá por quê.), nunca contei o momento passado na escola. Para mim, isso não era estudo, era mais "obrigação" da minha parte. Como se o pressuposto para estudar fosse ir à escola e assistir às aulas. Posso dizer, hoje, que estava meio certa e meio errada. Estar na escola é, sim, estudar. Aliás, é extremamente importante em todo processo de estudo. Estava certa no que se refere a ser obrigação e estudar fora da aula também. Nem sei que palavras usar para dizer o quanto a aula é importante. Vou ficar me repetindo nessa palavra, porque mudar para "essencial", "prioritária" e afins não vai fazer grande diferença na transmissão da ideia.

Enfim, é na aula que você recebe o conhecimento. É olhando para a cara do professor por mais de uma hora e tentando entender o que diabos ele está falando que você aprende alguma coisa. Se alguém fizer uma piada sobre um assunto, melhor ainda, porque é quase certo de que você irá lembrar daquilo depois justamente por causa da brincadeira (aliás, conversar em sala de aula é extremamente normal e aceitável, viu? ninguém gosta de robôs e transformar a escola em uma penitência vai fazer você odiar estudar mesmo antes de encostar em um livro. converse, brinque, ria, só deixe o professor falar quando ele quiser.). É sentada naquela cadeira desconfortável por uma manhã inteira, esperando o tempo passar desesperadamente, que você vai ouvir o que realmente vai cair na prova. Aparentemente, os professores todos tiveram uma cartilha sobre "como soltar as coisas importantes". E aquilo que vai cair na prova (seja avaliação comum ou vestibular) é justamente aquele comentário informal, a típica curiosidade, que o professor solta entre um conceito e outro (muita experiência própria nisso, verdade).

Anote a matéria também. Ok, entendo como a preguiça pode ser avassaladora (digdin, digdin, digdin... desculpa, Álvaro, não resisti.), mas você precisa anotar alguma coisa. Se não quiser copiar tudo, porque tem em algum livro ou apostila, não tem importância (desde que pegue o suposto livro ou apostila para estudar, claro, porque né?), mas anote ALGUMA COISA. Quem pegar meu caderno, além de não entender porque sou completamente desorganizada (aqui estou eu quebrando um tabu: mentira essa coisa de precisar ser organizado para passar no vestibular! você só precisa cumprir suas metas de estudo, da forma como quiser), vai ver um monte de desenhos aleatórios e malfeitos pelas páginas. Acho que não tenho nenhuma coisa a dizer de útil sobre isso, mas, bem, é legal se distrair de vez em quando. Como acabei de fazer. Voltando... Anote aquela informação aleatória que não tem no livro, ou aquele conceito que você não entendeu muito bem. Se acha que vai esquecer algo, anote isso também. E depois volte aos desenhos, porque a vida de muita gente já mudou com eles.

E como eu faço tudo isso?

Tcharam! Chegamos à parte mais esperada, aquilo que todo mundo quer saber. Mais vezes do que me perguntaram sobre as minhas horas de estudo, quiseram saber "como eu estudava". Eu nunca dei uma resposta concreta. Porque, adivinhem, não há uma resposta concreta. Não há uma fórmula mágica. Eu sou diferente de você, que é diferente de outra pessoa, que é completamente distinta de outrem. Diga-me, quem você conhece que escreve "explicá-los-ei" em um texto supostamente informal? A norma gramatical diz que estou certa, as regras de comunicação dizem que foi um uso inadequado. E quem disse que eu consigo evitar? Isso é só para demonstrar como as diferenças são grandes.

Ou seja, eu não sei dizer como você deve estudar. Poderia lhe falar como eu estudei, mas não é aconselhável. Eu passei meu terceiro ano inteiro sem ver um filme. Mentira, o último filme que eu vi ano passado, até antes dos vestibulares terminarem, claro, foi Avatar. É, em janeiro de 2010. Estudei todos os dias, tudo o que eu podia. Não saí. Não dormi direito por muito tempo. Deixei de ler todos os livros que eu gostava, porque tinha alguma coisa de História ou Física para rever. Aproveitei e me diverti dentro da escola, claro. Mas também... Porque era só o que eu tinha. Perdi a festa mais falada do ano, e ela aconteceu NA MINHA RUA. Já deu para entender que eu não quero isso para a vida de ninguém, não é? Não que eu me arrependa, funcionou bem para mim e eu sou feliz agora. Do jeito que eu sou, provavelmente faria tudo de novo, mas isso não quer dizer que não houvesse outra maneira. Uma maneira melhor.

Talvez não uma maneira melhor para mim, mas para você. E isso é tarefa de cada um descobrir. Você precisa ver que matérias tem mais dificuldade, o que precisa rever, quantas vezes na semana e quantas horas precisa estudar. Você, também, ao estabelecer esses critérios, precisa saber se está seguindo, ou se está só tentando se enganar por tanto tempo quanto possível. As pessoas normalmente dizem para chegar em casa e rever a matéria do dia. O que eu digo, baseada em minha experiência, não em qualquer suposta (e não verdadeira) habilidade que eu tenha a mais? Besteira! Eu estudava uma matéria diferente a cada dia, na tentativa de não me irritar com a rotina, e funcionou. As pessoas dizem para fazer questões dos vestibulares. Eu digo que odeio. E odiei. E passei o primeiro e o segundo ano evitando exercícios com todas as minhas forças. Mas, no terceiro, tive de fazer. E, admito, isso ajudou bastante! E teria ajudado mais se eu houvesse começado antes. Exercícios são bons doutrinadores, por assim dizer. Simulados (principalmente do ENEM) são melhores ainda, talvez nem pelas questões em si, mas aprender a lidar com o tempo é essencial.

Provas anteriores dos vestibulares são ótimas no que se refere a entender qual a linha da banca. Quando seu professor de Geografia virar e disser que a banca de tal unversidade é marxista, acredite nele! Isso vai ajudar não só nas provas de História e Geografia, mas também na de Redação (obrigada mil vezes, Álvaro). Se estiver no segundo ano (primeiro também vale, ainda que quase ninguém, por mais que insistam, pensa em vestibular logo no primeiro ano, desculpem, amados professores), inscreva-se nas provas! É, eu sei, elas são caras, mas ter essa avaliação descompromissada é bom para saber o quanto ainda precisa aprender e aprofundar nas disciplinas como para ver como as coisas realmente funcionam sem a pressão do "agora ou nunca". Bom, acho que é isso. Seguir a sua própria rotina de estudos é o melhor caminho, desde que você a siga. Seus critérios precisam valer para você e não serem alterados a seu bel prazer porque simplesmente os inventou. Não funciona assim, e não é preciso ser especialista para saber.



Agora... talvez eu possa dar algumas dicas sobre as matérias, não sei, vou tentar.



Português: Dê uma olhada na gramática, para ver as regras, mas a leitura mesmo é o real aprendizado. De tanto ver uma coisa escrita de um jeito, você acabará por escrever daquele jeito.

Redação: Leia. É, também. Eu disse antes o quanto ler era importante. Saber escrever vem da leitura. Eu escrevia terrivelmente antes de pegar o gosto pelos livros. Hoje, podendo dizer que melhorei substancialmente, não costumo seguir nenhuma das regras impostas. Tirando aquelas de formatação do texto, é claro, eu só... Escrevo. Aparentemente, agora as coisas fluem da maneira que devem. Isso veio com a leitura, tenho certeza.

Geografia: Essa é a matéria do dia-a-dia. Sério. Tente associar o que é dito com o que você vê na TV ou acha que acontece no mundo. Está tudo conectado. Relacionar ajuda bastante a entender os processos e apreender os conceitos.

História: Transforme a História em uma história de verdade. Aposto que você lembra do desenrolar de um filme ou de um livro que gostou. Faça a História ser isso também, uma série de acontecimentos sequenciais que, por suas relações, formam um todo interessante e compreensível. Relacione Hitler com Voldemort e seja feliz.

(Sociologia e Filosofia funcionam bem como História e Geografia, acho eu.)

Matemática: Se você gosta, tenho certeza de que sabe o que fazer. Se não gosta, pare de olhar como se fosse o fim do mundo. A coisa não vai avançar assim. A melhor maneira é fazer exercícios. Todos. Até você apreender todos os diferentes mecanismos que envolvem um único assunto. Lembrando que a matemática tem sempre várias maneiras de se fazer uma coisa. Faça a que você souber, sempre, com total e absoluta certeza. Não invente, não tente poupar tempo.

Física: Odeio Física. E esse não é um comentário relevante, eu sei. Se você conseguir fazer a matemática funcionar, metade da Física já vai estar resolvida. A outra metade envolve a parte teórica. Tente abstrair, tente imaginar o vácuo onde tudo aquilo é possível (eu nunc a consegui isso, aliás). Ou se concentre nas figuras, figuras são esclarecedoras! Ou faça seu professor te dar um exemplo aplicável, até que o movimento circular uniforme faça sentido na sua vida.

Inglês e Espanhol: Funcionam da mesma forma que Português, mas, claro, sabe-se que sem o rigor do conhecimento gramatical. Músicas, tirinhas e textos são bem legais para isso.

Biologia e Química: Não são a mesma coisa, eu sei. Deveriam estar separadas, eu sei também. Mas o que eu não sei é como dar um conselho específico para as duas. Acho que se deve, apenas, começar devagar. Primeiro, os conceitos mais fáceis, mais básicos, para depois aprofundar-se em cada aspecto. Se não entendeu alguma coisa do começo, retorne aquilo antes de avançar. As coisas aqui (e provavelmente em todas as outras matérias) fazem mais sentido se puder relacioná-las com algo já aprendido.

O juízo final. Mentira, a hora da prova.

Nada de surtar. Não, surtar não adianta nada. Eu sei, dizer para "não surtar" também não adianta muita coisa. E, bem, quem me conheceu pode achar que eu não tenho moral para dizer uma coisa dessas. Verdade, não tenho muita. Mas, por mais louca e desesperada que eu fosse, eu tinha um sistema. Eu surtava antes, praticamente o ano todo, e era isso que me lembrava de minhas obrigações estudantis. Desesperava-me até o momento em que eu levantasse na manhã da prova. Naquele dia, eu sabia que desespero nenhum iria adiantar. Principalmente no momento em que se entrega a identidade para a fiscal de prova. Encarar seu caderno de questões ali, em branco, pronto para ser aberto, lido e devidamente respondido é, para ser bem enfática, o fim da linha. Apenas... Não adianta se desesperar. O que você tinha de fazer já foi feito.

É esse o momento que, mesmo considerando pouco o tempo de estudo anterior, você olha para o que está escrito e se sente preparado. Não preparado para acertar ou para passar, porque essa certeza ninguém tem, mas para dar o melhor de si. O melhor que você conseguiu juntar até aquele momento. E não há espaço para pânico. Porque o pânico só vai diminuir suas chances. Por mais que pareça, por mais que o mundo diga que não, esse não é verdadeiramente o fim do mundo. Há sempre uma alternativa, outras opções, novas chances. Isso não quer dizer que você deva relaxar e considerar uma brincadeira despropositada. Não. Só precisa entender que aquilo é importante, mas nunca o fim da sua vida. É importante para você, como pessoa, e para o seu futuro, como profissional, por isso se deve respirar fundo e clarear a mente. Ficar nervoso só vai fazer as coisas se misturarem na sua cabeça. Se você estudou, você sabe. Alguma coisa você sabe. E, nesse momento, qualquer "alguma coisa" se torna útil. Se não estudou o suficiente, ainda assim... Alguma coisa você sabe. Fique tranquilo e use esse conhecimento adquirido a seu favor.

A prova passou e logo vem outra? Esqueça a que se foi. Completamente. Ou você não vive mais de tanta ansiedade. Ela não interessa mais, enquanto o resultado não sair. É como se nunca tivesse existido. É hora de partir para outra, se dedicar a outra. Eu sempre dizia que "o surto é válido antes e depois, nunca durante". Mas, no caso do vestibular, o surto depois não é nada produtivo, porque sempre há outra prova para se focar. E, quando não há, bem... As férias estão aí para serem aproveitadas. É ou não é?

Aproveite os dias entre as provas para revisar os conteúdos. Estudar o que precisa ser revisto, porque sempre há alguma coisa que não foi totalmente assimilada. Se tiver estudado antes, as coisas são mais tranquilas. Se tiver coisa acumulada, vai ser o pior mês da sua vida, já vou avisando. Só... Não deixe de comer ou dormir. Não adianta nada estar cansado no dia da prova. Tudo o que você estudou vai simplesmente evaporar enquanto você lê o enunciado da primeira pergunta. E, não, não estou exagerando.

Agora, lembra o que eu falei no começo sobre todo momento é momento de estudo? Então, eu sempre fui do tipo que estuda até que o professor comece a distribuir as provas na fila do lado. E os professores sempre disseram para descansar a cabeça desde o dia anterior. Se conseguir fazer isso, acho ótimo. Descansar é sempre bom e ajuda mesmo! Mas... Bem, eu nunca consegui. Então não acho nada repreensível se quiser levar o livro de matemática para a fila da prova e ficar olhando novamente para as fórmulas. Mas quero ressaltar que isso só funciona para quem adota o princípio do "surto só antes". Se estiver nervoso, abrir qualquer coisa no dia da prova só vai fazer você esquecer o que já sabia. E o que está tentando aprender não vai entrar na sua cabeça. Se estiver tranquilo e achar que precisa olhar alguma coisa que esqueceu ou que, sei lá, gostaria de relembrar as palavras exatas, tudo bem. Realmente acredito que você irá se lembrar daquilo momentos depois, na hora de responder a questão.

Outra coisa... Se você ler a prova e não entender o que está sendo perguntado ou não souber a resposta, pule a pergunta. Leia as outras e comece a responder o que sabe, ou a anotar do lado o que você acha que tem relação com a resposta. Não se desespere. Se o nervosismo aflorar, respire fundo, feche os olhos, levante para beber água, não importa, desde que se acalme. Você vai saber alguma coisa, ponto. E comece encontrando essa coisa e passando suas ideias para o papel. Depois gaste o resto do tempo nas outras, pensando até encontrar as palavras que possam, a seu ver, expressar alguma coisa relacionada. Qualquer tentativa de acerto é válida e pode gerar alguns pontos, aproveite isso. Quanto ao ENEM e à UERJ, o que você achar como óbvio, marque. Arrependi-me várias vezes por não ter seguido isso. A resposta é óbvia porque ela é óbvia. O professor da banca não está fazendo uma pegadinha com você, por mais que pareça.

As pessoas falam, mas ninguém dá valor à Redação, não é? Acredite, ela é muito importante. Muito, muito, muito. Principalmente no ENEM. Tente ser claro na redação, tente não repetir a mesma ideia e nunca, nunca escreva algo que você não tem certeza se está certo, seja uma informação ou uma palavra. Troque a ideia, se precisar. Não fuja do tema. Preferencialmente, tente incluir as palavras-chave das propostas no seu texto, de forma a relacioná-las de acordo com seu pensamento. É claro que você pode ter e expressar a opinião que quiser, desde que tenha fundamentos para isso. "Achar por achar" não é um argumento válido. E, mesmo tendo fundamentos, não seja ofensivo. São seres humanos que corrigirão suas provas, manter o bom senso e alguma consciência social é um fator extremamente positivo.



Eu disse lá em cima que "saber é seu objetivo". E é. Passar no vestibular é consequência. Se você se dedicar com seriedade ao aprendizado de cada dia, a prova do vestibular vai ser só mais uma prova e o que vai ser perguntado não será novo para você. Eu sei que falei como se soubesse muito do assunto, mas eu não sei. Parece que eu fiz tudo certinho, não? Mas eu não fiz. Pelo contrário, foi errando bastante que eu cheguei a essas conclusões. Conclusões que talvez ajudem, mas não tem qualquer outro embasamento além de experiência própria.

Por experiência própria, eu também poderia dizer que ver o amiguinho como adversário é, para mim, deprimente e totalmente desnecessário. Acreditem, é legal passar junto. É legal começar na faculdade conhecendo alguém - faz falta isso, depois. Por experiência própria, eu também poderia dizer que mascar um chiclete durante todo o tempo de prova faz a mandíbula doer por horas e não levantar também durante todo esse tempo causa uma dor terrível nas costas. Mas, por experiência própria, eu poderia dizer tanta coisa inútil que é melhor parar por aqui.

sábado, 14 de maio de 2011

Questão energética - usina hidreletrica bi nacional de Itaipu

Negociações entre Brasil e Paraguai


A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, e do Paraguai, Sapena Pastor, assinaram a "Ata do Iguaçu", uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos dos dois países, no trecho do Rio Paraná "desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu" O Tratado que deu origem à usina foi assinado em 1973.

Os termos do tratado, que expira em 2023, têm sido objeto de descontentamento generalizado por parte do Paraguai. O governo do presidente Fernando Lugo prometeu renegociar os termos do tratado com o Brasil, que permaneceu por muito tempo hostil a qualquer tipo de renegociação.

Em julho de 2009, houve uma renegociação do Tratado de Itaipu, pela qual o Brasil aceitou passar a pagar o triplo do que pagava ao Paraguai pelo percentual de eletricidade produzida por Itaipu, pertencente a este país. Por esse acordo também, o Brasil passou a permitir que o excedente da energia paraguaia seja vendido diretamente às empresas brasileiras (ou a outros países), se assim preferirem os paraguaios, pondo fim ao monopólio elétrico brasileiro.

Após mais de cinco horas de debate, o plenário do Senado aprovou, na noite do dia 12 de Maio , o acordo internacional que triplica o valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela cessão da energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. O valor sobe dos atuais US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais. O relatório da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) - que foi diretora-financeira de Itaipu - foi aprovado em votação simbólica, com os votos contrários da oposição e dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Ana Amélia (PP-RS).


O governo apressou a votação da matéria no Senado para que a presidente Dilma Rousseff leve a revisão do acordo concretizada na visita que fará ao Paraguai no próximo dia 15. As novas bases do tratado, assinadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente Fernando Lugo em 2009, já foram chanceladas pelo parlamento paraguaio. Com a aprovação pelo Senado brasileiro, o projeto seguirá para promulgação, já que se trata de decreto legislativo.

A oposição contestou o argumento da relatora de que não haverá impacto da elevação dos custos da energia de Itaipu no bolso do consumidor brasileiro. "A Exposição de Motivos (do Executivo) diz que os encargos sairão do Tesouro Nacional. E quem alimenta o Tesouro? Os brasileiros que pagam impostos", criticou o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

"Prejuízo foi o apagão (no governo Fernando Henrique), foi a falta de investimentos no setor elétrico", retrucou Gleisi Hoffmann. Ela citou relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) estimando prejuízos de R$ 27 bilhões com o apagão. "O Brasil na relação com o Paraguai tem um superávit anual de US$ 1,9 bilhão, oito vezes maior que o incremento da receita que o Paraguai terá com o aumento no valor da energia excedente que estaremos pagando", completou o líder do PT, Humberto Costa

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SUPERMAM ou SUPER-HOMEM

                        Renúncia de 'Super-Homem' à cidadania americana continua causando polêmica
                                          




Seria o "Super-Homem" o último grande americano? Agora, pelo jeito, não, já que, nos últimos dias, o super-herói mais conhecido do mundo esteve envolvido em uma batalha com proeminentes republicanos e outras pessoas revoltadas com sua decisão de renunciar à cidadania americana.
O Homem de Aço, há muito mitificado como a personificação da força e dos valores americanos, chocou leitores na 900ª edição de sua revista ao anunciar a um funcionário da Casa Branca que estava revendo sua posição.
"É por isso que eu pretendo falar ante as Nações Unidas amanhã e informá-los de que estou renunciando à minha cidadania americana", afirma. "'Verdade, a justiça e o modo de vida americano não são mais suficientes".
A superdisputa - desencadada pela desilusão sofrida por Superman ante reações contrárias ao seu apoio aos protestos pela democracia no Irã - se espalhou muito além das páginas e balões de diálogo.

O potencial candidato à presidente republicano Mike Huckabee, por exemplo, ponderou sobre a questão no fim de semana, afirmando que a ameaça do Superman não é brincadeira.

"É uma história em quadrinhos, mas você sabe que é muito preocupante que o Superman, que sempre foi um ícone americano, esteja dizendo agora: 'Eu não vou ser um cidadão americano'", afirmou Huckabee em uma entrevista à rede de televisão Fox News.
"É parte de uma tendência maior dos americanos quase que se desculpando por ser americano".
O ícone da mídia conservadora Bill O'Reilly levantou a questão no programa The O'Reilly Factor, na Fox, criticando o enredo "inacreditavelmente estúpido".
"Você não arranca a capa do Superman", alertou O'Reilly.
E entre a enxurrada de editoriais de jornais e posts de blogs, o blog teaparty.org viu nessa história nada mais, nada menos do que a mão do presidente Barack Obama.
"Superman agora diz que condena a sua cidadania americana e é apenas um cidadão do mundo. É muito socialista da parte do Superman querer um mundo socialista com pessoas como Obama à frente deste movimento",

quarta-feira, 4 de maio de 2011

atualidades - Morte de Osama bin Laden

O líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto neste domingo (1º) (sama bin Laden nasceu em de 1957, em Riad, na Arábia Saudita, filho de Muhammad bin Laden, um magnata do setor de construção, de origem iemenita. Ao contrário de outros irmãos mandados para estudar no Líbano, teve a maior parte da sua educação na própria Arábia Saudita.

Até os 14 anos de idade, levou a vida de um típico filho da elite local, submetido a influências culturais de base não-islâmica: futebol e histórias de faroeste estavam entre seus passatempos favoritos, de acordo com biógrafos. Ainda na escola, passou por uma transformação ao ter seus primeiros contatos com integrantes da Irmandade Muçulmana, grupo de militância ativa em países de base árabe-islâmica.

Na Universidade de Jeddah, onde, já casado, ingressou em 1976 para estudar economia, Osama aprofundou o envolvimento com o ativismo islâmico. Segundo biógrafos, data desta época o interesse dele pelos escritos de Sayyid Qutb, ideólogo egípcio da ala mais radical da Irmandade Muçulmana.
A partir da invasão do Afeganistão pela União Soviética, em 1979, as afinidades ideológicas de bin Laden com o radicalismo islâmico se transformaram em ação efetiva. Já nos anos 1980, Osama conheceu em Jeddah um dos maiores propagandistas da causa afegã, o xeque palestino Abdullah Azzam, doutor em jurisprudência islâmica pela respeitada Universidade al-Azhar, do Cairo. Inspirado por Azzam, bin Laden passou a auxiliar no recrutamento de voluntários para a luta no Afeganistão, chegando a abrigá-los em seu próprio apartamento em Jeddah.

Num movimento que coincidiu com a progressiva virada na guerra afegã, alimentada pelo influxo de armas, dinheiro saudita e apoio dos serviços de inteligência americano e paquistanês, Osama bin Laden finalmente passou a frequentar o campo de batalha, no topo de um grupo de jovens voluntários árabes – embrião do que mais tarde, em 1988, um ano antes da retirada soviética, viria a ser conhecido como "al-Qaeda", "A Base".

Em 1989, voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, criticou a família real por ter autorizado o desembarque de soldados americanos em território saudita, "a terra dos dois locais sagrados" (Meca e Medina). Essa oposição, que o afastou mais ainda do restante da família e do establishment saudita, fez com que ele fosse declarado persona non grata no seu próprio país.

Isolado, transferiu-se para o Sudão em 1992, de onde passou a "administrar" supostos campos de treinamento e a emitir decretos religiosos (fatwas) contra os EUA e a monarquia saudita. Esses decretos acabaram lhe custando a nacionalidade saudita, da qual foi privado em 1994. Dois anos depois, seus novos anfitriões cederam às pressões americanas e da ONU, e pediram a bin Laden que fosse embora do país. De lá, voltou para o Afeganistão, onde colocou em operação outros campos de treinamento e reforçou a retórica antiamericana.

Imagem de 1998 mostra Osama após seu retorno ao Afeganistão (Foto: AP)A ação mais espetacular que lhe foi atribuída antes do dia 11 de setembro foi um ataque contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, no dia 7 de agosto de 1998, que causou 224 mortos e milhares de feridos. Três meses depois, foi acusado nos EUA por assassinato e complô com intenção de matar norte-americanos no exterior.

No dia 11 de setembro de 2001, dezenove terroristas ligados à rede de Osama bin Laden desviaram três aviões para realizar atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião desviado cai na Pensilvânia. Cerca de 3 mil pessoas morreram. Em contraste com outros atentados, como aquele contra o navio americano "USS Cole" no Iêmen, em outubro de 2000, Bin Laden iria além de exaltar os executores e clamaria responsabilidade pela ação.
Essa demonstração máxima de força da al-Qaeda viria a tirar de seu líder o pouco da liberdade de movimento que ainda retinha. O Afeganistão, seu refúgio, foi atacado em outubro de 2001 por forças anglo-americanas, no deslanchar de uma guerra ainda não encerrada. Com uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que levassem a sua captura, Osama bin Laden passou a figurar publicamente apenas em mensagens de áudio e em mais raras aparições em vídeo, em cenários como cavernas.
As especulações sobre seu destino (e, de fato, sobre sua própria vida) se arrastavam desde 2001. Osama ora estava morto, ora vivo, ora no Afeganistão, ora no Iêmen, ora no Paquistão – onde, de acordo com os EUA, enfim morreu.
De acordo com o FBI, equivalente americano da Polícia Federal, Osama era conhecido pelos seus seguidores como "emir", "xeque-guerreiro" e "diretor", entre outros títulos. Ele estava na lista de mais procurados pelo país há 12 anos.

                              Paquistão critica EUA por 'falta de confiança' no país


Ministro do Exterior paquistanês, Salman Bashir, disse que seu país teve papel fundamental na luta contra o terrorismo.

O governo paquistanês criticou declarações feitas por autoridades americanas de que o país não era confiável e por isso não foi informado dos detalhes da operação que matou Osama Bin Laden.

O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que nenhuma informação de inteligência foi compartilhada com o Paquistão devido a temores de que o sucesso da operação fosse colocado em risco.

Mas o ministro do Exterior paquistanês, Salman Bashir, disse à BBC que esta visão é 'desconcertante' e que seu país teve um 'papel fundamental' na luta contra o terrorismo.

Bashir disse que Panetta tem direito a suas opiniões, mas que o Paquistão cooperou amplamente com os Estados Unidos.
Ele disse que o complexo em Abbottabad onde Bin Laden foi encontrado e morto no domingo (1º) já havia sido identificado como suspeito há algum tempo pelos serviços de inteligência do Paquistão (ISI), mas que foram necessários os abundantes recursos dos Estados Unidos para determinar que se tratava do esconderijo do líder da al-Qaeda.
'Na maioria das coisas que aconteceram em termos de luta global antiterrorismo, o Paquistão teve papel fundamental', disse Bashir. 'Então é um pouco desconcertante quando temos declarações como esta.'

Na terça-feira (2), o Ministério do Exterior do Paquistão defendeu o ISI e divulgou uma longa nota expressando 'profundas preocupações e reservas' sobre a ação americana.

Ministério insistiu que ações unilaterais não podem se tornar norma e enfatizou que a inteligência paquistanesa vinha compartilhando informações com os Estados Unidos nos últimos anos. 'Em relação ao complexo em questão, ISI tem compartilhado informações com a CIA e outras agências de inteligência desde 2009.'

De acordo com analistas, se Bin Laden estava realmente escondido no local há cinco anos, como se suspeita, as autoridades paquistanesas foram incrivelmente incompetentes ou estavam protegendo o líder da al-Qaeda.
A mansão de Bin Laden ficava a menos de um quilômetro da Academia Militar do Paquistão, a maior do país.

A Casa Branca vem divulgando detalhes da operação que matou Osama Bin Laden, incluindo o fato de que ele estava desarmado quando foi alvejado, após resistir à prisão.
Dois de seus mensageiros e uma mulher morreram no ataque, enquanto uma das esposas de Bin Laden ficou ferida.
Os Estados Unidos não fizeram comentários sobre ninguém que foi capturado. Revelaram apenas que o corpo de Bin Laden foi sepultado no mar.
No entanto, a declaração divulgada pelo Ministério do Exterior paquistanês dizia que o restante da família de Bin Laden 'está agora em segurança e sendo tratada de acordo com a lei'.
Autoridades americanas vem discutindo como e quando divulgar as fotos do corpo de Bin Laden como forma de jogar por terra teorias que defendem que ele não morreu.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que a imagem 'pavorosa' poderia ofender algumas pessoas, mas Panetta disse que não há dúvidas de que, em algum momento, ela terá de ser trazida a público.

domingo, 24 de abril de 2011

atualização - Revolução do mundo Àrabe - Iemem 3o país com líder deposto

Saleh aceita acordo para deixar poder no Iêmen em 30 dias, diz TV.ele fechou trato negociado por países vizinhos em troca de imunidade  a oposição diz que concorda com proposta, mas com reservas.

 O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh aceitou um acordo negociado por países árabes vizinhos para deixar o poder em 30 dias, de acordo com seu assessor Tariq Shami, ouvido por "The Wall Street Journal".

"O presidente Saleh recebeu bem a proposta e a aceitou", disse Shami ao diário americano. "Embora o presidente Saleh tenha direitos constitucionais para permanecer no poder, ele está disposto a deixar o cargo voluntariamente."

A agência Associated Press informa que o acordo foi noticiado também na TV estatal do país, detalhando que Saleh deixaria o poder em troca de imunidade contra processos. O ministro de Relações Exteriores do país, segundo o informa na televisão, teria informado os países que negociavam o impasse de que Saleh aceitou a proposta.
O movimento oposicionista que exige a sua saída imediata disse neste sábado (23) que também concorda com a proposta dos mediadores, mas com reservas. Os oponentes do governo não aceitam um artigo que dá ao Parlamento o direito de rejeitar a renúncia do presidente.
Manifestante pede saída de Saleh do poder com boneco com foto do rosto do presidente, neste sábado (23), na capital o Iêmen.
Ainda neste sábado, Saleh havia acusado a oposição de arrastar o país para uma guerra civil, num momento que os iemenitas se juntam em uma série de manifestações contrárias ao seu regime, que já dura 32 anos.
Em discurso na capital Sanaa, o presidente pediu que a juventude do Iêmen forme um partido político de acordo com a Constituição e disse que o país árabe não aceitará qualquer tutela 'seja ela qual for'.

'Eles (a oposição) querem arrastar a região para uma guerra civil, e nos recusamos a sermos arrastados para uma guerra civil', disse Saleh.

'A segurança, proteção e estabilidade são do interesse do Iêmen e do interesse da região', disse.
Os Estados Unidos pediram neste sábado que Saleh inicie o processo de transferência de poder no país.


   Egito e Tunísia

As manifestações no Iêmen, inspiradas por levantes que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia, chegam agora ao terceiro mês e levam dezenas de milhares de pessoas para as ruas quase todos os dias. Elas exigem o fim da pobreza endêmica e da corrupção.

Reconhecendo que os estudantes do Iêmen seguem os exemplos do Egito e da Tunísia, Saleh disse que havia uma 'enorme diferença' no Iêmen, mas acrescentou que seu governo atenderá as exigências dos estudantes dentro da estrutura da Constituição e da lei.
Até 90% das lojas, mercados e escolas estavam fechadas na cidade portuária de Áden, no sul do país, disse uma testemunha da agência Reuters. Havia somente alguns pedestres nas ruas e quase nenhum carro.

sábado, 23 de abril de 2011

curiosidades - geógrafo e doutarondo em Geologia Wellington Francisco

Quem foram Alfred Wegner, James Hutton, Nicolau Steno, William Smith, Charles Lyell, Darwin?

A água é um mineral?
O mercúrio é um mineral?
A pérola é um mineral?
E o gelo das calotas polares?

Pensem e respondam...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Entrevista David Harvey - emergentes e globalização

reunião Brica´s - 2011

Iniciado nesta semana 3o encontro dos principais paises de economia emergente do Planeta, que reposdem pela sigla BRIC´s. Vários temas estarão em cheque no que diz respeito a geopolitica e a ecomia global . a Cúpula conta pela 1a vez com a presença da África do Sul .
Em declaração conjunta divulgada nesta quinta-feira (24), o grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics, insistiu na necessidade de uma reforma na Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o texto, a reforma é necessária para que a ONU possa "tratar dos desafios globais atuais com maior êxito".

A declaração dos Brics foi resultado da reunião entre o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh; o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev; o presidente da China, Hu Jintao; a presidente do Brasil, Dilma Rousseff; e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

A insistência sobre a reforma da organização ocorre em um ano em que todos os membros do grupo fazem parte do Conselho de Segurançada ONU: Rússia e China como membros permanentes e Brasil, Índia e África do Sul na condição de não permanentes.

Na entrevista coletiva conjunta após o encontro, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, assinalou que "a reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança são essenciais porque não é possível iniciarmos a segunda metade do século XXI vinculados a um acordo institucional criado após a guerra

A presidente brasileira também se referiu à necessidade de reformar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, outro pedido permanente dos membros do Brics.

A declaração final da cúpula afirma ainda que "China e Rússia (membros permanentes do Conselho de Segurança) reiteram a importância que dão ao status de Índia, Brasil e África do Sul nos assuntos internacionais e entendem e apoiam sua aspiração de ter um maior papel na ONU".

Esta é a terceira cúpula de líderes dos Brics, após a realizada em 2009 na Rússia e a de 2010 no Brasil, e a primeira com a participação da África do Sul, convidada a juntar-se ao grupo no ano passado.

Ainda na declaração, os líderes dos cinco países defenderam que o uso da força seja evitada para a resolução dos conflitos internacionais, segundo informações da agência estatal de notícias chinesa Xinhua.

"Estamos profundamente preocupados com a turbulência no Oriente Médio, o Norte e o Oeste Africano e desejamos que os países afetados alcancem a paz, estabilidade, prosperidade e progresso", afirma o comunidado. "Nós compartilhamos o princípio de que o uso da força deve ser evitado", diz o texto conforme a agência.

A Líbia enfrenta uma batalha desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Muammar Kadhafi, há 42 anos no poder, se tornaram confrontos violentos e passaram a ser reprimidos com força pelo regime.

No dia 17 de março, a ONU aprovou uma resolução que valida quaisquer medidas necessárias para impedir um massacre de civis. Dois dias depois, a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha começou a bombardear a Líbia. O atual comando das ações está com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo informações da agência estatal de notícias chinesa Xinhua, a reforma possibilitaria o estabelecimento de um sistema monetário estável e confiável e com ampla base internacional de reserva.

"A crise financeira internacional expôs as insuficiências e deficiências do atual sistema monetário e financeiro. Apoiamos a reforma e a evolução do sistema monetário internacional, com um sistema de reserva de divisas internacional amplo que dê estabilidade e segurança".

Os cinco países-membros do Brics são a favor de discutir o papel dos Direitos Especiais de Giro (DEG), "divisa" do Fundo Monetário Internacional (FMI), no atual sistema monetário internacional, assim como sua composição. Atualmente, o valor dos DEG se baseia em um grupo de quatro moedas: o dólar, o euro, o iene e a libra esterlina.

O grupo também assinalou que "a estrutura do governo das instituições financeiras internacionais deveria refletir as mudanças na economia mundial, com maior voz e representação das economias emergentes e dos países em desenvolvimento".

Energia nuclear
Na entrevista coletiva realizada após o encontro, os líderes dos cinco países expressaram seu apoio ao Japão pela situação na usina nuclear de Fukushima, embora tenham manifestado em seu documento final que a energia nuclear "continuará a ser um elemento importante" para os Brics.

"A cooperação internacional para o desenvolvimento de energia nuclear segura com fins pacíficos deveria acontecer em condições de vigilância estrita dos padrões de segurança", assinala o documento.

Próximo encontro
Segundo a agência Xinhua, Hu Jintao informou que o próximo encontro dos Brics vai ocorrer na Índia no ano que vem.

sábado, 9 de abril de 2011

Resumão globalização

GLOBALIZAÇÃO E A SOCIEDADE DE CONSUMO
1- CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO
Um teórico encurtamento das distâncias entre as diversas localidades do planeta, proporcionada pelo melhoramento nos transportes, nos meios de comunicação, e no desenvolvimento de tecnologia de ponta, proporcionando a formação de uma sociedade global.





2 - GLOBALIZAÇÃO
"O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo senão como metáfora. Todos os lugares são mundiais mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza mesmo são as pessoas" (Milton Santos, 1993).

3 - A ABRANGÊNCIA DO FENÔMENO
- Devemos ter em mente que o fenômeno apresenta graus de ocorrência variantes em cada nação.
- É possível perceber que a globalização é muito mais difundida nos países desenvolvidos, onde a população tem muito mais contato com o fenômeno do que nos países emergentes, que por sua vez, tem mais contato que a população dos países subdesenvolvidos
- Diferente do que afirmam alguns pesquisadores, que acreditam no estabelecimento de uma homogeneização da cultura, do sistema de valores, a partir da globalização, Milton Santos concebe que "cada lugar é, ao mesmo tempo, objeto de uma razão global e de uma razão local, convivendo dialeticamente" (Santos, 1996:273). Para ele, a importância de estudar os lugares reside na possibilidade de captar seus elementos centrais, suas virtudes locacionais de modo a compreender suas possibilidades de interação com as ações solidárias hierárquicas.

4 - OS QUATRO FLUXOS DA GLOBALIZAÇÃO – 3º ESTÁGIO DA GLOBALIZAÇÃO
Esses são os pontos chaves para compreensão do processo de formação da sociedade global:
 Fluxo de pessoas;
 Fluxo de mercadorias;
 Fluxo de capital;
 Fluxo de informações;

5 - CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE GLOBAL
Crescimento do comércio internacional

6 - AS TRÊS GLOBALIZAÇÕES
 Globalização econômica;
 Globalização tecnológica;
 Globalização cultural.

7 - GLOBALIZAÇÃO E REVOLUÇÃO TECNO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL
Corrida Armamentista (Força) + Corrida espacial (inteligência e tecnologia) = Fim da URSS , 3º fase da RI Acentuação da globalização (transporte + telecomunicações ) formação da Sociedade Global.

8 - NEOLIBERALISMO E NOVA ORDEM MUNDIAL
O Mundo Bipolar se torna ao mesmo tempo Multipolar economicamente, e unipolar Militarmente.
Ex: O Conselho de segurança da ONU e a Invasão Norte Americana ao Iraque.
9 - CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

10 - CRISE IMOBILIÁRIA



11 - REAÇÃO DOS GOVERNOS
• Estatizações – Lehmam Brothers / AIG / City Group.
• G8 – Ação conjunta.
• G20 – Reunião de Washington (Dez 2008)/Londres 2009;
- Regular;
- Supervisionar;
- Modernizar;
- Mais voz aos emergentes (Era do G20);

12 - CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO
 Mundialização da produção / produção descentralizada;
 Produtos de alta tecnologia / valor agregado;
 Sistema de redes urbanas integradas;
 Cultura e sociedade de consumo cada vez mais atraídos pelas características Norte-Americanas;
 Existência de centros de poder mundiais (EUA e União Européia);
 Existência de Organizações não governamentais (ONGs) e órgãos mundiais reguladores (OMC);
 Órgãos gerenciadores da economia mundial (FMI e Banco Mundial).

13 - O PODER DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS
Comercialização dominada pelas empresas transnacionais através de práticas como a formação de CARTÉIS (as empresas unem-se para determinarem os preços e condições do mercado. Assim, fazem com q se torne um círlulo restrito a eles). TRUSTE (determinadas empresas compram outras da mesma área de atuação desta. Isso está acontecendo mto com bancos, por exemplo, o Santander comprou o Banespa). HOLDING (este já é mais difícil perceber a existência. São empresas especializadas em administrar outras empresas de diversos setores. Normalmente são conhecidos como grupo+o nome dele; então eles administram hotéis, restaurantes, mercados e etc.).
 Perda do poder do estado em relação as transnacionais (poder de negociação);

14 - GATT / OMC – 1995
Ampliar o comércio externo:
Fim das Barreiras Alfandegárias;
Diminuição dos Subsídios agrícolas e Comerciais;
Sistema de resolução de Controvérsias entre membros.
15 - OMC
Rodada de Doha = Combater os subsídios agrícolas e políticas protecionistas.

16 - A QUESTÃO DO DESEMPREGO
 A PEA (População Economicamente Ativa) de um país – diminuiu;
 Desemprego estrutural - é uma forma de desemprego natural. Neste caso existe um desequilíbrio permanente entre a oferta e a procura (de trabalhadores), sendo mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho.
 Desemprego conjuntural - ou desemprego cíclico é transitório, ocorre durante alguns períodos e está associado as flutuações da atividade econômica, ou seja, do PIB.

17 - OS BLOCOS ECONÔMICOS - uma característica marcante da sociedade
 São associações de países que se unem com o objetivo de ampliar trocas comerciais entre si e com outros mercados;
 Esses tratados são regidos por tratados econômicos e apresentam características diferentes sub-divididos em: Zona de livre-comércio, União aduaneira, Mercados comuns, União econômica e financeira, União política e econômica.


Apresentadas da seguinte forma:
- 1º = Área de livre comércio (sem taxação) - NAFTA;
- 2º = União alfandegária ou aduaneira (TEC), tarifas externas comuns - MERCOSUL;
- 3º = Mercado comum (Área de livre comércio (sem taxação) e tarifas externas comuns; - na atualidade não existe nenhum Bloco Econômico utilizando esse mercado comum);
- 4º = União Econômica (harmonização das políticas econômicas); UNIÃO EUROPÉIA
- 5º = Integração Total (soberania compartilhada)- ÚTOPIA.
18 - OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS

18.1 - UNIÃO EUROPÉIA
- TRATADO DE LISBOA (13 DEZ 2007)
- Reforma institucional;
- Nova personalidade jurídica;
- Substituir a constituição.

18.2 - MERCOSUL

18.3 - UNASUL - MERCOSUL + CAN
Aprofundar a integração regional.
1) integração regional
- TRANSPORTE
- TELECOMUNICAÇÕES
- ENERGIA
2) conselho de defesa

quarta-feira, 30 de março de 2011

atualização - questão nuclear fukushima

O risco iminente de explosão proporcionou ao governo japonês aumentar ainda mais a distancia mínima em relação a usina de Fukushima.Dos 6 reatores que eram utilizados 4 apresentam se danificados .
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recomendou nesta quarta-feira (30) que a zona de evacuação em torno da usina nuclear de Fukushima se estenda à cidade de Iitate, de 7 mil habitantes, situada a 40 quilômetros do complexo e onde foram detectados altos níveis de radioatividade. É um raio duas vezes maior que o de 20 quilômetros estabelecido pelo governo do Japão e vigente até agora.

"Uma primeira avaliação indica que foi ultrapassado um dos critérios da AIEA para a evacuação", afirmou em entrevista coletiva Denis Flory, subdiretor de Segurança Nuclear do órgão da ONU. O especialista indicou que a agência sugeriu ao Japão que analise de perto a situação em Iitate, que está localizada fora do perímetro de 20 quilômetros de distância da usina, cuja população já foi evacuada.

Segundo especialistas da AIEA, os níveis de contaminação são o dobro do permitido, por isso a retirada dos habitantes dessa cidade deve ser considerada. Em todo caso, a agência reconheceu que existem várias incógnitas e possíveis variáveis a respeito das medições realizadas. A AIEA, encarregada do uso pacífico da energia atômica, não tem capacidade de impor medidas em matéria de segurança nuclear, e só pode atuar como consultora de seus países-membros.

A pressão sobre o governo japonês também aumentou por conta do Greenpeace. A ONG, que atua na defesa do meio ambiente em 42 países, defendeu nesta quarta a ampliação da área de segurança em torno da usina nuclear de Fukushima Daiichi. A organização defende que a área englobe um raio de 30 quilômetros em torno da usina, onde houve explosões e vazamentos nucleares depois do tsunami do dia 11.

Para o Greenpeace, há uma contradição entre os números e a ausência de ação das autoridades para proteger a população. As autoridades japonesas orientaram para a retirada das pessoas, em um raio de 20 km, na área próxima à usina. Os que vivem nessa região receberam recomendações de deixar suas casas, mas não houve uma ordem direta para isso.
O Greenpeace informou que foram medidos os níveis de radioatividade além do raio de 20 km em torno da usina. Segundo os integrantes da organização, no raio de 40km aos arredores de Fukushima (onde fica Iitate) foram identificados elevados níveis de radiação.

Os acidentes nucleares em Fukushima ocorreram depois do terremoto seguido pelo tsunami, no último dia 11. O risco de contaminação ainda é elevado nas regiões Nordeste e Central do Japão. O uso da água foi limitado e alguns tipos de alimentos – principalmente os produzidos nas áreas próximas à usina – foram proibidos para o consumo