terça-feira, 22 de novembro de 2011

aquecimento global - Lélio Polessa

AQUECIMENTO GLOBAL E CRÉDITOS DE CARBONO




Lelio Polessa Maçaira, MSc. – Especialista em Planejamento Ambiental (UFRJ) e

Diretor da CarbonoPRO Consultoria Ambiental.



O que é o aquecimento global? Para entender este fenômeno é preciso relembrar a História Moderna e Geológica da Terra. Inicialmente devemos ter em mente que as mudanças climáticas são naturais. Só para termos idéia, o Planeta alterna, há milhões de anos, períodos glaciais (congelamento) e interglaciais (descongelamento), relacionados a fatores naturais como, por exemplo, a localização das Placas tectônicas. Porém, algo é perceptível e comprovado cientificamente: nunca houve tantas mudanças em tão curto espaço de tempo quanto a partir da revolução industrial no século XVIII.

O que explica isto?


Desde a metade do século XVIII, a concentração de gás carbônico (CO2) tem aumentado consideravelmente por causa da utilização de carvão mineral como fonte de energia. O CO2 é um gás fundamental para a vida no Planeta, pois é um dos responsáveis pelo efeito estufa, que é um efeito natural, no entanto, nas últimas décadas, devido à enorme queima de petróleo, a quantidade de CO2 tem aumentado ainda mais. Como este acréscimo implica em uma maior capacidade da atmosfera reter calor, a Terra pode sofrer conseqüências catastróficas, como a elevação do nível dos mares. As áreas litorâneas da Cidade Maravilhosa seriam afetadas por este fenômeno, caso a emissão de gás carbônico pelas indústrias e automóveis não seja controlada.

Para tentar contornar este problema, a ONU vem realizando conferências internacionais para discutir as conseqüências do aquecimento global. Em 1997 foi assinado o Protocolo de Quioto, que estabeleceu para os países desenvolvidos um limite de emissão de gases do efeito estufa.



Por que só os países desenvolvidos têm que diminuir suas emissões?



Como até hoje os países que mais emitiram foram os desenvolvidos, a maior parte do CO2 acumulado na atmosfera provém de atividades industriais realizadas por estes países há mais de dois séculos e meio. Além disso, não seria justo que os países em desenvolvimento tivessem que diminuir suas emissões, pois isso afetaria diretamente suas economias, que começaram a desenvolver suas atividades industriais há poucas décadas. Portanto, os países pobres e em desenvolvimento não possuem metas, pois passaram por um processo de industrialização tardio e apenas nos últimos anos aumentaram significativamente suas emissões, porém em níveis bem inferiores aos países desenvolvidos.

Para não comprometer a atividade industrial dos países desenvolvidos, o protocolo estabeleceu uma alternativa para os que não conseguirem diminuir a emissão de gases do efeito estufa, podendo compensar a quantidade emitida acima da meta, através da compra de créditos de carbono gerados por países em desenvolvimento.



O que são os créditos de carbono?



Antes de explicar o que são estes créditos devemos entender o balanço entre emissão e seqüestro de gás carbônico. Um caminhão emite, por exemplo, uma tonelada de CO2 a cada 1.000 km, sendo que muitos chegam a percorrer esta distância em apenas um dia. Como ao realizar fotossíntese, as árvores retiram CO2 e liberam O2, para cada tonelada de CO2 emitida por um caminhão ser retirada é necessário que 10 árvores façam fotossíntese ao longo de 20 anos.



1ton CO2 = 1 crédito de carbono.



Uma forma de gerar estes créditos é desenvolver projetos de reflorestamento em áreas degradadas. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional pelos países em desenvolvimento e adquirido pelos países desenvolvidos ou suas empresas que não atingirem as metas estabelecidas pelo protocolo.

O mercado de carbono é a forma que a ONU e os países encontraram para tentar diminuir a concentração dos gases do efeito estufa, mas cada um pode e deve fazer a sua parte, principalmente consumindo menos energia e combustíveis fósseis (como gasolina, gás de cozinha). Plante uma árvore! Além de importante para o meio ambiente, te fará bem o contato com a terra. Experimente!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

comentários prova UFF - vestibular 2012

Comentários vestibular UFF – GEOGRAFIA PROF ALVARO BARRETO






QUESTÃO 12 – GABARITO B



A questão apresenta um elevado grau de dificuldade, muitos vestibulandos optarão equivocadamente pela opção C, devido a recorrência do tema Globalização e sua associação aos meios de telecomunicação, o que gera complicações na questão. A saída mais simples é a eliminação das outras opções. e associando a interpretação do mapa, percebe-se que a maior densidade de redes televisivas, e acesso a internet, se encontram na parte Norte da imagem, em paises ricos e também emergentes, Na contra mão se encontra a América do Latina e a África(países do Sul)



QUESTÃO 13 – GABARITO C



A questão apresentava grau de dificuldade mediano, a análise do gráfico é o foco da questão, a banca elaboradora não buscou complicar essa questão, pois se houvesse uma alternativa “Sudeste e Norte” ou até mesmo “Sudeste e Sul” causaria dificuldades, atenção a palavra respectivamente é importante também para sua interpretação.

A dificuldade diz respeito a região de menor intensidade de fluxos, pois não é necessário, para um bom vestibulando, interpretar o gráfico para saber que o Sudeste é detentor dos maiores fluxos.





QUESTÃO 14 – GABARITO D



O termo Diáspora faz referência a dispersão de chineses para os paises do Sudeste Asiático.A questão traz consigo um importante eixo, relativo a evolução econômica chinesa, e sua superpolpulação, que vem buscando outras alternativas de vida em paises capitalistas do Sudeste Asiático, além da difusão de empresas e negócios, e a acolhida solidária por parte de outros chineses residentes no novo país.

A eliminação das outras opções é a melhor saída já que dificilmente esse tema foi pouco comentado.





QUESTÃO 15 – GABARITO A



Questão bastante interessante que traz a tona, a temática combustíveis renováveis. O grande potencial do litoral nordestino está associado a localização em uma área receptora de ventos alíseos (baixa pressão) proveniente das áreas próximas aos trópicos(Alta pressão ou Zona dispersora de ventos ) a constância em relação aos ventos associados a sua velocidade proporcionam um grande potencia de produção de energia elétrica através do vento. Alem do litoral nordestino apresentar poucos anteparos(relevo) se comparado ao Sudeste .





QUESTÃO 16 – GABARITO C



A questão apresenta caráter bastante atual e faz referência em seu gabarito a expansão da fronteira agrícola brasileira da década de 70, caracterizada principalmente pela agricultura no Domínio do Cerrado ( com certo grau de semelhança a Savana Africana ) onde agricultores se utilizaram de técnicas como a Calagem , visando a correção do solo, e consequentemente uma boa produtividade, atualmente essas terras brasileiras são ocupadas pelos gigantescos Complexos agroindustriais, o que proporciona o relativo encerramento da fronteiras brasileiras contrastante com a disponibilidade de terras agricultáveis em Moçambique.



QUESTÃO 17 – GABARITO E



Deve ser levado em consideração que os paises ditos de industrialização periférica são caracterizados pela dependência tecnológica em seus processos de industrialização retardatário. Apesar do bom desenvolvimento industrial indiano nos últimos anos, a dependência tecnológica ainda é persistente .





QUESTÃO 18 – GABARITO A



Eixo temático geografia urbana , as imagens demonstram as diferentes importâncias dos centros urbanos, fato relacionado a amplitude e qualidade das funções exercidas por eles, e o grau de polarização. Permitindo assim, a existência da classificação hierárquica da rede urbana brasileira, e suas divisões criadas pelo IBGE em 2007.



QUESTÃO 19 – GABARITO B





A questão faz referência aos benefícios, e malefícios causados pela instalação de usinas hidrelétricas no Brasil, o alagamento de grandes áreas proporciona destruição da fauna e flora local, além de provocar a expulsão de populações ribeirinhas locais e também indígenas. Há interesses divergentes entre os preservacionistas e desenvolvimentistas, favoráveis as obras, é notório o conflito em relação à ocupação da Região fato que já despertou a atenção da comunidade internacional .





Comentários gerais :


A prova apresentou um bom nível de dificuldade, o eixo atualidades , como de costume trouxe interessantes surpresas, a geografia física não apresentou grande importância a exceção da questão 15 , urbanização e agricultura também foram importantes, além da recorrente globalização.

A única questão, em meu ponto de vista, que pode apresentar controvérsia é a numero 12 (olhar comentários) porém é difícil de ser anulada. As questões de 16, 18 e 19 , apesar de não apresentarem muita complexidade , são interessantes mensuradoras de conhecimento.