quinta-feira, 11 de março de 2010

possível guerra comercial - fonte época

Retaliação do Brasil aos EUA pode causar guerra comercial, diz 'Financial Times'


Representantes do governo dos Estados Unidos chegam hoje ao Brasil para tentar negociar a disputa em torno do algodão, que levou à retaliação brasileira

A decisão do governo brasileiro de elevar impostos de importação para produtos norte-americanos pode provocar uma guerra comercial entre Brasil e EUA, segundo reportagem publicada nesta terça-feira (09/03) no jornal britânico “Financial Times”. A lista de produtos que sofrerão taxação foi divulgada ontem pelo governo brasileiro e inclui cosméticos, eletrodomésticos e veículos.

A lista divulgada nesta segunda-feira foi alvo de consulta pública e contém cerca de 100 itens. Entre eles: cereja (cuja alíquota de imposto de importação foi fixada em 30%), batata (alíquota de 34%), metanol (22%), paracetamol (28%), xampus (36%), águas de colônia (36%), cremes de beleza (36%), algodão (100%), freezers verticais (40%), leitores de códigos de barras (22%), fogões de cozinha (40%), óculos de sol (40%) e escovas de dente (36%).


Os carros também foram incluídos na possível lista de retaliações. A alíquota é de 50%.

Na semana passada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que o governo do Estados Unidos deverá iniciar negociações para um acordo com o Brasil para evitar a retaliação comercial brasileira por causa dos subsídios dados aos produtores de algodão de seu país.

Retaliação aos EUA terá impacto de US$ 591 milhões
Lista traz produtos dos EUA que serão retaliadosA retaliação a produtos norte-americanos é uma resposta do governo brasileiro à manutenção de subsídios para o algodão e havia sido autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Cozendey, disse que a lista de 102 itens deve ter um impacto comercial de US$ 591 milhões. Segundo ele, o valor é estimado com base no impacto do aumento da tarifa no valor final do produto.

Como a decisão de taxar produtos norte-americanos passa a valer dentro de um mês, os países terão este período para tentar uma solução negociada. Ao que tudo indica, o Brasil tem intenção de negociar. Nesta segunda-feira, a secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola disse que o governo brasileiro não acredita que a retaliação comercial é o meio mais apropriado para um comércio internacional mais justo. "Mas, após oito anos de litígio e na ausência de oferta de opções concretas para uma solução, resta ao Brasil fazer valer seu direito, autorizado pela OMC, e até para salvaguardar a credibilidade do sistema de solução de controvérsias"
Em entrevista ao jornal britânico, Jon Huenemann, assessor do escritório de advocacia Miller & Chevalier, diz que “a única forma de evitar que isso se transforme em um desastre é oferecer algo significativo ao Brasil”
Gary Locke, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, e Michael Froman, vice-assessor de Segurança Nacional para questões relativas à economia internacional, deverão chegar hoje (09/03) ao Brasil. A disputa em torno do algodão deverá ser abordada em reuniões com autoridades governamentais.

2 comentários:

  1. Hmm... Não sei não.. Brasil tentando colocar sua imagem no mundo, mostrando-se uma potencia... Mas ainda não temos chance de peitar o grande EUA... Será?

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  2. é assim que se começa
    rsrsr
    vamos ver no que vai dar

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