sábado, 26 de fevereiro de 2011

Atualidades : Aumento do preço do petróleo e a instabilidade politica do mundo árabe

A atual instabilidade que aflinge paíse de origem árabe vem proporcionando o aumento do valor do petróleo.Uma visão de cunho geografico permite a formulação de dois questionamentos sobre o delicado tema: qual será a reação da economia mundial com a iminência de novos conflitos em paises produtores como a Líbia, argélia e ate mesmo o Iraque , e Qual a perspectiva da economia interna e a relaçao com o plano energético nacional .
O preço do petróleo atingiu US$ 100 o barril nos Estados Unidos na quarta-feira, e o barril de Brents proveniente da região cerca de USS 120 o valor mais elevado em mais de dois anos, conforme os fluxos de petróleo do Oriente Médio foram interrompidos nesta semana pela primeira vez desde o início do tumulto na região.
A alta dos preços do petróleo, provocada pela situação explosiva na Líbia, ameaça o crescimento econômico mundial, ainda convalescente. Ao mesmo tempo, o contágio das revoltas populares na Arábia Saudita e na Argélia poderiam agravar ainda mais a situação e levar a um novo choque de petróleo.

Esta alta foi uma reação à insurreição na Líbia, um dos quatro maiores produtores africanos do ouro negro, e às prováveis consequências sobre as exportações líbias de cru.

Normalmente, Trípoli exporta 1,49 milhão de barris diários (mbd), a grande maioria (85%) para a Europa, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).


"As indústrias de petróleo, que atualmente trabalham na Líbia, podem deixar os portos do país", com "o fluxo de exportações devendo cessar ou sofrer uma redução drástica" devido aos problemas de segurança, estimaram especialistas do Barclays.

O petróleo líbio, que representa menos de 2% do abastecimento mundial, pode ser substituído pelo do Mar do Norte ou de outros países do oeste africano, que produzem a commodity de qualidade semelhante.

No entanto, se o equilíbrio da oferta e da demanda precisar ser garantido, provavelmente será às custas de um forte aumento dos preços.

O banco francês BNP Paribas estima que o preço do petróleo deve se estabilizar em torno dos 112 dólares por barril do Brent, em 2011.

Um nível que preocupa a AIE. "Se o preço do petróleo continuar negociado a uma média de 100 dólares o barril durante todo o ano de 2011, os gastos com o petróleo serão equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto" (PIB) mundial, advertiu Fyfe.

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Empresas multinacionais de petróleo que dominam o mercado mundial ,tendo em vista a intabilidade política reduziram a produção na Líbia conforme os manifestantes se envolvem em confrontos violentos com o governo de Muamar Kadafi.

Analistas estimam que mais de 1 milhão de barris de petróleo da Líbia por dia foram retirados dos mercados mundiais nos últimos dias, e os investidores temem que a produção de mais petróleo possa ser interrompida se a inquietação se estender a outras nações produtoras cruciais, como a Argélia.

A Líbia produz menos de 2% do petróleo do mundo e exporta pouco para os Estados Unidos. Mas a alta qualidade de suas reservas amplia sua importância no mercado mundial.

O petróleo "doce" (com teor de enxofre abaixo de 0,5%) da Líbia não pode ser facilmente substituído na produção de gasolina, diesel e querosene de aviação, principalmente porque as refinarias europeias e asiáticas não estão equipadas para refinar o petróleo mais comum, o "azedo" (com teor de enxofre acima de 2,5%).

A Arábia Saudita tem uma capacidade diária de mais de 4 milhões de barris de reserva e prometeu disponibilizá-la se necessário, mas essa a capacidade envolve principalmente as classes azedas do petróleo.


Especialistas em petróleo preveem que se a turbulência na Líbia durar mais algumas semanas, as refinadoras europeias serão forçadas a comprar petróleo bruto doce da Argélia e da Nigéria, duas principais fontes de petróleo bruto doce dos Estados Unidos.

Isso provavelmente elevaria os preços da gasolina dos Estados Unidos, que já subiu US$ 0,06 por galão na semana passada chegando a uma média de US$ 3,19.

O petróleo doce é "particularmente apropriado para a produção de diesel", que é muito mais popular como combustível para transporte na Europa do que nos Estados Unidos. "O petróleo azedo é mais caro para refinar, mas as refinarias dos Estados Unidos são tipicamente equipadas para refiná-lo, porque muito do petróleo importado para os Estados Unidos vem da América Latina, onde as reservas contêm esse tipo de petróleo", explicou.

Trazendo a questão para o seu lado histórico , as duas crises do petróleo (73 - 79 ) estão intresecamente relacinadas a intabilidade desssa região,porém hoje em dia estamos muito mais preparados para supera-lá , e o melhor, podemos até " tirar uma casquinha" pois em breve teremos uma produçao em larga escala de petrleo de excelente qualidade, além de possuirmos uma matriz energética diversificada . O que não impede, é claro, que o Brasil sinta os reflexos da incerteza que toma conta da economia global. “O Brasil é um país cujo crescimento econômico é bastante vinculado ao que acontece no sistema internacional e se o medo atingir os consumidores mundiais de comoditties o Brasil poderá ser bastante afetado .

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